SAO Alternative: Gun Gale Online (2018) | Review

|Episódios: 12 | Estúdio: Studio 3Hz (Princess Principal, Flip FlappersFonte: Light novel Diretor: Masayuki Sakoi Cenários: Yousuke Kuroda Diretor de Arte: Kuniaki Nemoto

Sinopse

Karen Kohiruimaki sempre se sentiu fora do lugar no mundo real. Devido à sua extrema altura, ela achava difícil fazer amizade com outras garotas da idade dela. Mas isso tudo muda quando ela é apresentada ao “VR” e ao “Gun Gale Online”. Em GGO, Karen é livre para jogar com um avatar a qual ela se sinta confortável – uma chibi. Karen conseguira fazer amigos neste MMO?

Análise
Na temporada de Verão de 2012, por volta de seis anos atrás, Sword Art Online foi ao ar pela primeira vez, esse trabalho causou tanta polêmica que ainda gera discussões acaloradas até hoje. Então veio o verão de 2014 e recebemos a sequência conhecida como Sword Art Online II. Apesar de ser uma melhoria a série original, não se ampliou como de fato uma melhoria. Quatro anos depois, aqui estamos novamente. Exceto que desta vez, não é uma continuação real da série principal. Em vez disso, temos este spin off conhecido como “Sword Art Online Alternative: Gun Gale Online”.
Para ser claro, você não precisa assistir a nenhuma das séries anteriores da franquia. Na verdade, nem mesmo importa se é a sua primeira vez descobrindo a existência desse show. “SAO Alternative” é o que o título sugere, uma história alternativa que se baseia na franquia SAO. Em vez de Reki Kawhara, temos Keiichi Sigsawa (Kino no Tabi) escrevendo essa novel, embora ele forneça supervisão para a série. A história trata de uma estudante universitária chamada Karen Kohiruimaki que decidiu se juntar ao GGO sob o pseudônimo “LLENN”. Mas, com aqueles dois finalmente fora de cena, Asuna e Kirito, será que essa serie realmente será capaz de exibir personagens bem escritos? E, além disso, os escritores finalmente conseguiriam criar uma narrativa convincente? Para te poupar o trabalho – Analise Curta: Não. Talvez tenha virgulas e pontos melhor colocados, mas não funciona para mim como efetivamente uma melhoria. 
O show definiu algumas bandeiras vermelhas no início por causa de sua premissa. Antes de tudo, como devemos levar uma personagem como LLEEN a sério quando ela parece uma criança vestida de rosa e com um chapéu de coelho? Os primeiros episódios narram sua vida no mundo de GGO à medida que aprendemos sobre seu papel. Também é deixado cair durante os episódios uma boa quantidade de exposição sobre a mecânica do jogo em que ela participa. O episódio também apresenta aliados e rivais enquanto LLEEN passa mais tempo no mundo de GGO. 

Infelizmente, não posso dizer que o elenco principal da série seja feito de personagens memoráveis. LLENN é provavelmente a única personagem que vale a pena investir algum tempo apesar de ainda ser péssima com uma personalidade infantil. Este é um pequeno contraste com Pito, que parece ter alguns problemas psicológicos, especialmente quando ela está no campo de batalha. Eu realmente gosto das bases da personagem – ela é forte, determinada e principalmente independente, mas quando tiram a personagem do papel ela se mostra um personagem básico; sendo qualquer coisa que as pessoas já idolatram por aí. M é um personagem que pode se sentir como um alívio cômico depois que você percebe sua verdadeira personalidade. Fuka é a parceira e melhor amiga de LLEEN com uma grande obsessão por jogos de realidade virtual. Enquanto há definitivamente uma química entre os membros do elenco principal, não há muito desenvolvimento envolvendo-os. É uma pena que o show tenha realmente aproveitado a oportunidade para transformá-los em personagens maiores que a vida. Em vez disso, eles recebem os papéis de apenas participantes do jogo. Na vida real, seus personagens são muito medianos para serem negociáveis ​​e não vendem de forma alguma suas personalidades de maneira atraente. Todos os outros personagens da série são facilmente esquecíveis e, na verdade, uma desgraça para o jogo em si, especialmente os homens pervertidos. Eu acho que em algum ponto, a LLENN até mesmo perguntou: “Só leechers jogam esse jogo?”

Inicialmente, nossa personagem principal, Karen, estava procurando meios de escapismo, porque ela tem um complexo em relação à sua altura. Esse traço é o único ponto integral em sua caracterização e, juntamente com todo o tema do escapismo, que rapidamente perde qualquer relevância após os primeiros episódios. Na realidade, todos os personagens aqui parecem ter problema com seus corpos – sim, eu gosto dessa ideia, mas como já disse algumas vezes: “bonito no papel não se traduz bem feito na realidade”. Eu diria que para GGO foi criada uma unica personagem, com problemas em relação a sua altura, e através dessa primeira personagem os demais foram criados; alterando apenas o design – afinal, isso é um ponto de suma importante em boas historias. O elenco aqui é incrível:um bom exemplo é o grupo de garotas do ensino médio, que querem melhorar seu trabalho em equipe em um jogo virtual, lutando contra esquadrões militares que fazem seu treinamento no GGO. Faz sentido para mim.
Gostaria de neste ponto desta curta revisão passar um marca texto em uma determinada parte de GGO: Nos últimos capítulos do show, Pito acaba levando um tiro de rifle na cabeça, sobrevivendo por causa  que…. não faço ideia, e então ela se torna DANIFICADA personificada. Sério. Ela começa a agir como todos os psicopatas superficiais e nervosos que você já assistiu antes, ela só quer matar todo mundo. E depois ela começa a usar um maldito sabre de luz. Eu não estou inventando isso, ela começa a matar pessoas com um sabre de luz, mesmo que os outros personagens possuam armas e possam atirar nela; eles nunca conseguem acertá-la porque ela tem uma armadura mais forte do que a de LLENN. Isso fica realmente ridículo, e não há nenhuma razão real para o porquê Pito age assim ou tem essa obsessão com a morte, ela apenas faz. Depois que essa partida termina, descobrimos que ela é exatamente quem você achava que era o tempo todo e ainda é perfeitamente normal. Ela estava o tempo todo apenas interpretando uma idiota nervosa? Isso era para ser uma paródia da Internet, onde as pessoas na verdade são mansas e inofensivas na vida real? Eu não sei, mas eu preferiria que GGO continuasse como um show onde Karen lida com seus problemas pessoais enquanto joga GGO para distrair e se divertir.

GGO tenta esconder uma mensagem entre todos os fragmentos de uma história, a animação medíocre, reviravoltas ruins, alguns personagens não tão ruins quantos os de SAO e uma música bem feita. Este anime como apenas um torneio lento é vazio de qualquer narrativa e cheio de caricaturas subdesenvolvidas. Sem mencionar que GGO como um jogo é ainda mais chato e idiota que SAO. GGO não me parece ter substância real suficiente em sua história que valia a pena. Parece que foi feito para ser entretenimento ocioso, muito rapidamente esquecido – um notório reflexivo da industria anime atual. 

Direção: (Mediano)
Roteiro: 4 (Fraco)
Produção visual: 6 (Decente)
Trilha Sonora: 6,5 (Decente)
Entretenimento: 5 (Mediano)

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