Darling in The Franxx (2018) | Review

 

|Episódios: 24 | Estúdio: A1 e Trigger Fonte: Original Diretor: Nishigori Atsushi Musica tema por: Mika Nakashima Character Design: Tanaka Masayoshi

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OBS – Essa análise contém spoilers.

Darling in The Franxx se situa no mundo pós-apocalíptico onde a sociedade humana se tornou dependente de outra fonte de energia o magma que atraiu monstros chamados Klaxosaurs. Para os combater, foram feitos os Franxx, robôs similares às pessoas – no qual é necessário pessoas em posições estranhas para se pilotar; a humanidade vive em cidades móveis chamadas latifúndios e somente eles os chamados parasitas podem pilotar os Franxxs e salvar o que resta da humanidade.

Darling in The Franxx, ou Darlifra, veio até nós como um dos grandes projetos do ano e recebeu mais hype que qualquer anime em anos e os motivos são: sua premissa é excepcional e a combinação de dois grandes estúdios, A1-Pictures e Trigger, não deixaria dúvidas do poder de animação.

E no começo as pessoas viam Darlifra por sua animação cheia de sakugas que se manteve linda e constante durante toda a obra, impondo e mostrando o poder dos estúdios, por outro lado a A1 responsável pelos designs dos personagens e pelo próprio roteiro, produziu um elenco relativamente genérico onde somente a 02 tinha potencial e qualidade para ser considerada a melhor personagem.

02 assumiria o papel não tão glorioso de carregar a obra e dela também surgiria na internet a maior waifu wars, talvez maior que a de Re:Zero, a pergunta então surge: “Do que a 02 foi capaz?” Um dos primeiros debates e críticas foi a posição das garotas nos cockpits, submissas ao homem, e isto angariou milhares de telespectadores e em resumo a 02 servia justamente para quebrar essa ideologia.

Ela não se colocava como as outras na mesa, não atendia ordens, e era mais forte que os homens, por isso este tema ao longo da obra sumiu e junto deles diversos outros tópicos interessante do qual o roteiro trabalhava e tentava criticar, até a metade da obra conseguíamos absorver e refletir sobre tudo o que acontecia, era uma mensagem sendo passada.

A 02 que é o maior trunfo da obra é o maior motivo da obra ter se tornando o que é no final.

O último episódio evidência o maior problema desta obra, não se consegue criar um bom drama capaz de usar o sentimento que temos pela 02, e mesmo ignorando o fator Trigger que adora fazer plot-twist sobre plot-twist, há diversas inconsistências e lógicas não tão realistas que tiram o maior ideal da obra.

Insisto em dizer, o melhor momento e que define Darlifra é no episódio onde vemos pela primeira vez o interior do latifúndio onde o Hiro e a 02 têm o melhor diálogo da obra toda, sendo complexo e comunicativo por todos os meios. O estúdio Trigger adora usar ao máximo as referências e dicas para dialogar com quem assiste, esse era o ideal que se perdeu até o final por algo simples e raso.

No momento onde avançamos no tempo e vemos eles velhos e depois ambos como crianças é exageradamente revelado o porque não tinha qualquer drama, “Não importa o quão difícil seja eles estão sempre juntos.” Em nenhuma situação ou batalha eles passavam mais de 1 episódio separados ou se quer enfrentavam algo realmente desafiador para estarem juntos novamente.

E se por um lado imaginávamos que talvez a obra não fosse um Drama, ela estava lá para ensinar sobre o amor, a outra teoria surge: Darling é só um termo para tentar aumentar as taxas de natalidade do Japão. Não é algo que importe como fator interno a obra, mas realmente a série não é um shounen normal onde o “protagonista grita e fica mais forte” aqui ele grita “eu te amo” e fica mais forte, o que é quase o mesmo clichê exagerado ao modo da Trigger.

E para piorar, com exceção da abertura, pela música Kiss of Death, não há uma trilha sonora impactante e marcante para caracterizar o anime. IIsso deixa qualquer sentimento pela reação dos personagens e a lógica da história que não estava alinhada o suficiente para tornar as batalhas emocionantes e o final tão grande como esperávamos.

E caso você seja novato no mundo dos animes esta obra será uma das suas melhores, isso se deve porque a grande maioria avalia o anime por uma pequena parte o começo ou o final, e como Darlifra tem grande qualidade nos seus primeiros episódios por apontar algum potencial, e só no decorrer que vai decaindo ao não mostrar nada – então muitos o consideram como “bom” ou “ótimo”, mas muito antes o anime já apresentava problemas e algumas decisões foram graves, como os VIRMs e APE ou a 02.

A 02 matou o anime quando as pessoas continuaram a ver somente por ela deixando o elenco na sua sombra, esse mesmo clichê aconteceu várias vezes em animes de mecha no passado e hoje é considerado algo ruim, um elenco deve ser importante, eles são protagonistas, um diretor/roteirista não cria personagens como a Ichigo para descartar e Darlifra lutou para evitar isso, mas falhou.

Em resumo houve uma mudança no público alvo durante a obra, no começo atraiu pessoas interessadas na possível crítica e conforme foram avançando ficou evidente que era um shounen super bem animado e nada mais e esse público abandou o anime ou se irritou, portanto Darlifra não é extremamente ruim ou muito bom é uma obra mediana com boa produção e como entretenimento, sem refletir, a obra vai te prender pelas cores e a 02.

Direção: 6 (Decente)
Roteiro: 4 (Fraco)
Produção visual: 8.5 (Ótimo)
Trilha Sonora: 6 (Mediano/Bom)
Entretenimento: 7 (Bom)

Nota Final: 6 (Razoável)

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