Kubikiri Cycle OVA #01 | Primeiras Impressões


A estreia de Zaregoto (Kubikiri Cycle) com seu primeiro episódio OVA foi bem diferente, talvez o que alguns chamariam de “padrão Shaft”. Os vinte e sete primeiros minutos correram bem rápidos para mim, o que é estranho vindo de um episódio que não fez mais do que apresentar seu contexto e personagens. Vale dizer que eu – ainda – não vi nenhum anime do Monogatari Series, então não serei influenciado por este na hora de analisar o OVA.
 
O prólogo praticamente passa mais informação do que o seu resto; O protagonista Boku não é uma pessoa normal, também é um gênio igualmente as outras garotas da propriedade, embora tenha algo diferente nele. Ao que parece Boku está em dúvida em como agir e lidar com o mundo, e com si mesmo. A ideia das garotas serem gênios, terem de conviver entre si e encararem o mundo não é tão fresco tendo em vista que já houveram alguns animes que abordam tema semelhante, e que a novel Zaregoto têm mais de 10 anos. Ainda assim, é uma experiência nova para mim, com Yuki Yase fazendo uma direção bem estilizada junto com ajuda do Shinbo.

O character design no geral parece genérico do estúdio, mas o que compensa isso são as singularidades nas personalidades de cada garota. Todas possuem uma cor que serve de semblante e dispõem diferentes visões do mundo e de seus ideais de vida – por serem propriamente ditas gênios -, e o interessante neste ponto são como essas figuras de caracteres marcantes conseguirão lidar entre si com as diferentes formas de pensar. No mais, não há muito o que aprofundar neste episódio além de teorizar sobre as personagens dado que o episódio serviu mesmo de introdução base, e sabendo que trata-se de uma obra de Nisi Oisin só resta esperar para saber se as devidas explicações e desenvolvimentos virão de maneira regular ou não; Ao menos esse episódio foi de fácil entendimento e interpretação.
A colaboração entre Shinbo e Yase realmente concedeu uma direção exclusiva à obra; O storyboard com as câmeras se movendo em volta do cenário enquanto os personagens dialogavam foi uma boa técnica para manter-nos ligados ao que ali acontecia, e a ost em certos momentos também causava um devido impacto na conversação com os tons repentinamente elevados. Os backgrounds todos feitos em CG soaram anormais no começo, pois em alguns momentos realmente passavam uma sensação estranha (por exemplo quando mostrara a ilha no início e a câmera começou a se aproximar, aquilo me lembrou uma maquete de tão pobre – imagem a cima), mas seu uso dentro da mansão tornou o clima ainda mais enigmático e delineado, embora não pudêssemos dizer que seja o melhor CG que se tem por aí, é de fácil costume.
 
O que virá a seguir em Kubikiri Cycle? A curiosidade que fica no ar realmente é grande.

Avaliação: 3.7/5

 
Extras
 

 Direção visual e storyboard muito bem feitos.

O design dessa e o da mulher no início do episódio realmente me atraíram. Aaahh, Shaft Rules.
 
***