Flip Flappers #05 | Análise Semanal


A aventura das meninas nesta semana foi bem mais tenebrosa do que o normal, em um desafio que se constituiu do próprio psicológico da protagonista e que mostrou muito mais do que poderia.


A casa mal assombrada foi uma ideia muito criativa da direção, que deu bem certo na sua execução de eventos sombrios (na medida do possível, ficou atormentador). As recorrentes garotas com face borrada que brotavam do além, a boneca que ficava virando o rosto toda hora e os outros simbolismos escondidos (repararam no chão, espelhos e vidros?) usados tornaram as cenas como um verdadeiro game da psique. 

A ideia que percebi ser mais discutida e trabalhada no episódio foi a identidade sexual da protagonista demasiadamente estruturada pela sequência de loopings. Mostravam-a dormindo ao lado de Cocona colocando em pauta o descobrimento de sua sexualidade, assim como Yayaka que abordou a menina de maneira tal a questioná-la sobre tudo aquilo. Aquele lírio branco em seu quarto representava sua inocência, e também a carência de amor materno, demostrando a si mesma como ela ainda é vazia – e só tem Papika para quem se apoiar -, mas o tal amparo da garota de cabelos vermelhos poderia estar causando uma confusão nos seus sentimentos? Foi este o proposito do episódio. Yayaka que se foca totalmente em seu objetivo – captura dos cristais – aparenta ceder por causa da protagonista, e não foi a primeira vez.

O engraçado de tudo isso ainda é a falta de informação sobre os cristais de Flip Flap, Cocona ainda não tem a certeza de porquê fazer isso, mas ainda assim se agarra fortemente a ideia de parar Yayaka no futuro, o que é bem estranho.

Extras
Ideia mais explícita do que essa é difícil.

Nada como tomar um chá em uma sala de ritual junto de várias garotas macabras.

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