Blade of the Immortal | Primeiras Impressões

Baseado em um amado clássico dos mangas, e adaptado por um diretor altamente talentoso, eu tinha vários motivos para me animar nesta temporada com Blade of the Immortal. Depois de assistir a esta estréia, fico feliz em dizer que superou minhas expectativas e ofereceu o que provavelmente será uma das estreias mais fortes da temporada. É muito mais fácil reunir uma ótima estréia do que um ótimo show completo, mas Blade certamente está oferecendo uma forte abertura!

Este primeiro episódio nos coloca diretamente em ação, começando com uma tremenda peça de arte evocativa por si só. Empregando uma impressionante escala de cinza com vermelho, contrastado com o bater constante de uma roda d’água e desavergonhada violência. Os cortes de salto rápidos e propositais criam uma sensação de pânico, de memoria e irrealidade, de um pesadelo que estivemos revivendo diversas vezes. Esse labirinto em círculos se torna nosso labirinto em círculos. Hiroshi Hamasaki entende sobre montar um storyboard de horror como ninguém; ele incorpora todos os elementos de horror com maestria – é assustador, atmosférico, grotesco e amarra seus pontos de início de cena e fim maravilhosamente juntos. Há a persistente roda d’água e sua percussão maçante, enfatizando o funcionamento do ciclo de violência – inevitável e sem fim. Quando a roda terminar sua primeira batida, uma nova cadeia começara de novo. Blade é uma produção visualmente impressionante e inteligente.

Há muito pouco de narrativa evidente neste episodio, mas é eficiente uma vez que somos apresentados a Rin, uma adolescente cuja família foi morta por alguns anti-samurais e agora busca vingança, e a um espadachim que é mantido vivo por vermes mágicos. É uma história que já foi contada diversas vezes, mas como eu sempre digo a maioria das histórias simplesmente não são originais, a execução é o que de fato interessa, e Blade eleva essa historia através de uma execução etérea ao nível de um conto de fadas. 

Blade of the Immortal oferece um excelente design de arte, a direção de Hiroshi Hamasaki é absurdamente poderosa e confiante, e sua combinação de saturação pesada, ângulos alienantes e cortes pontiagudos, que permeiam esse episódio, trabalham para uma impressionante sensação de um pesadelo acordado do começo ao fim. Eu não tenho certeza se o programa pode manter sua beleza atual de execução, mas seus pontos fortes fundamentais em termos de trama, direção e narrativa geral são tão claros que eu nem necessariamente acho que precisa. Esta foi uma das melhores estreias que eu vi nesta temporada, e eu incentivo todos a darem uma olhada apesar da violência extrema.

Avaliação:      ★ (+)