Amanchu! Advance #4 ao #9 | Análise Semanal

Antes penso ser necessário esclarecer um pouco dos motivos de não estar postando Amanchu! até hoje, primeiro deles a série mudou radicalmente para o universo da imaginação e estava esperando o termino para agregar essas ideias, porém nunca parou e o tempo não era grande.

Sem demoras, vamos direto ao elemento que muitos chamam de Lombra ou Devaneio e que desde Aria The Animation era regra aos slice of life (SoL), digo “Imaginação”, os SoLs verdadeiros têm de certo modo uma lenda/mistério/sonho para descobrirem o lado mais abstrato das pessoas e abusar da ideia de “criar o seu momento” para aproveitar o que na verdade não existe.

O caso de Amanchu é o modelo da franquia Aria The Animation descarregado de uma vez só, ou seja, não é novidade se fazer pausas para entrar em “Nárnia” quando se fala de Kozue Amano (Criador de Amanchu e Aria) e nem dentro do universo SoL onde temos animes em tempo integral voando na fantasia (Flying Witch).

E mesmo se comparando as diferenças do episódio 4 ao 9, percebemos que o anime tentou ser o mais suave na sua transição, começando com um mal-entendido, um sonho de tarde e terminado com o mundo de Neverland (A Terra do Nunca) de Peter (Pan). Há então uma pergunta por que Peter?

Antes devemos olhar para os próprios elementos dominantes em Amanchu, há água em todos os lugares, gatos tem poderes mágicos e isto é o gosto do autor sempre foi a marca dele e o provavelmente a história de Peter encanta o autor tanto quanto o mar, afinal é um garoto que não queria crescer e é contra o próprio conceito da finitude das coisas e do “mono no ware” abordado nas outras análises.

Por isso é curioso o afeto do autor em tentar entender o sentimento do Peter e demonstrar a possível solução, outro mal-entendido, resultando na mesma antiga ideia “é lindo porque é finito” e ser infinito não o faz melhor, pelo contrário o deixa triste, estes são os clássicos fundamentos do qual a maioria dos SoLs se esqueceram.

E caso a história até aqui não tenha feito sentido ou não se consegue perceber o motivo é porque talvez ele seja pequeno e simples que passou despercebido, como passou para o Peter o amor delas. É desta simplicidade e de conceitos comuns que Amanchu se fez ser várias coisas, Flying Witch nos sonhos e romance no final.

E devo concordar estes conceitos podem ser estranhos, mas a falta deles causa uma carência ainda maior e como o nicho dos SoLs é relativamente novo e vem sendo miscigenado com excesso de comédia o melhor exemplo é comparar o resultado entre as temporadas de Amacnhu, a primeira é completamente real já a segunda é surreal e é onde o autor realmente brilha.

Não quero dizer que não há caso de animes mais factual, é somente uma pincelada na própria origem dos animes e valorização de um dos motivos de eu assistir animes. Concluindo, prometo fazer uma análise para cada episódio a partir de agora, trazendo algumas curiosidades e diferenças dos milhares animes de comédia.

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Extra:
Que gato é esse?

Resposta, já estava em Aria na segunda temporada primeiro episódio: