Mahoutsukai no Yome #24 | Análise Semanal

Atenção: O review final do anime ainda vai sair.

O desfecho de Mahoutsukai novamente se resumiu a um problema sendo solucionado com as palavras de Chise como uma forma de aconchego à aquele com problemas. Novamente.

Os diálogos entre Chise ee Cartaphillus refletiam um desejo egoísta de um, ao mesmo tempo que o entendimento inequívoco do outro. Ambos personagens são bem parecidos por terem sofrido e passado o indesejável ao mesmo tempo que um era condenado à uma morte rápida e o outro à eternidade. A entidade queria muito mais que apenas sofrer sozinho, fazendo os outros – e seus corpos – sofrerem, enquanto Chise nesse tempo todo tentou maneiras de se reinventar, mesmo com o repúdio à própria vida e ao próprio corpo. A diferença crucial mostrada entre ambos é que Chise teve a oportunidade, mesmo que por contra própria, de repensar a forma como lidava com seus problemas e vida a fim de por alguma forma seguir em frente e retribuir ajudas a todos aquelas pessoas a sua volta que compartilharam gentilezas consigo – o que outrora nunca aconteceu.

Com simples diálogos e uma audácia a mais da Slay Vegga para se sacrificar [de novo] em ajuda a Cartaphillu, a resolução foi feita sem maiores complexidades ou impactos, apenas com uma semi-batalha cheia de CG e as tais reflexões entre ambos que proporcionou a desistência do “vilão”. Parte dele foi destruída, foi para algum lugar -, enquanto a outra metade materializada no corpo de Joseph pretende ficar um tempo descansando e sozinho pelo mundo. Talvez de fato tenha se arrependido e não queira fazer mal a mais ninguém. 
O restante do episódio seguiu com o epílogo do anime com as desculpas entre Chise e Elias, a aproximação da garota de volta à sua amiga que comemorou o aniversário fictício da ruiva, além dos próprios presentes ganhos de Chise durante suas visitas. Apesar de não ter sido um final grandioso ou sequer super impactante, Mahoutsukai fechou enfim o desenvolvimento entre Chise e Elias. Eles não se entenderam por completo, nem são capazes disso; porém, a oportunidade de ficarem juntos apenas fortaleceu – e fortalece – a garota, e o símbolo de família conquistado pela Slay Vegga é maior do que qualquer coisa e não tem preço. Por mais que todo desenvolvimento tenha sido lento – e até certo ponto falho e monótono por parte da má execução do anime, como irei abordar na review final -, a série deu enfim o passo final com esse encerramento, permitindo um novo recomeço das relações entre o oficializado casal, que também é mãe e filho. Que também é mago e aprendiz.

Ao menos, no geral, o final do episódio possibilitou algum clima mais bonito de um romance menos mórbido com as gentis paisagens do bosque em volta da casa de Ainsworth, enquanto ambos voltavam reconciliados para casa. O fechamento de arco fez o anime inclusive pegar conteúdo adiantado do mangá. Não deve haver uma nova temporada tão cedo (se tiver).
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★ (++)

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