Sangatsu no Lion #35 | Análise Semanal

O episódio dessa semana mostrou as consequências de todas mudanças que Madao sensei fez naquela classe, com o arrependimento das garotinhas em volta de Megumi e de todos os outros colegas de Hina que tinham medo de serem as próximas vítimas. O trabalho desse novo professor foi audacioso se considerarmos o fato que ele precisou arrumar professores o suficiente para que cada uma daquelas garotas problemáticas tivessem aulas com professores diferentes, em salas diferentes. Os pauzinhos que Madao sensei conseguiu mexer para fazer tudo isso acontecer é no mínimo admirável, ele está compensando todo o esforço que a outra professora maluca não fez pela Hina e pela classe em geral. Esse personagem já se mostrou estupendo.


Ótimo enquadramento.


O diálogo do professor com Megumi em sua sala também foi estranho, a pequena psicopata não se sente nada culpada, as desculpas que ela fora obrigada a dar em frente à toda sala não mostraram sinceridade alguma, muito menos algum arrependimento. Mesmo as outras ainda foram pessoalmente falar com Hina, choraram e se aproximaram da garota a fim de tentarem ser amigas, como bem mostrado no episódio, mas essa Megumi apenas se faz de indiferente como se ela não aprendesse a lição. Aquela vitimização sobre seus problemas pessoais, sobre os pais que não a entendem e sobre a “árdua sociedade que exige muito” não foram convincentes e nem sequer razoáveis. Ela pode ter problemas e pontos válidos a se reclamar, a desabafar, mas isso jamais vai justificar os atos que ela cometeu. É ingênuo achar que a justificativa de uma coisa serve para outra também. Ainda aguardo a forma como ela continuará sendo retratada agora que os problemas de bullying praticamente acabaram, será que haverá um maior humanização da personagem? É provável.


A carta de Chiho para Hina em meio a resolução destes problemas também fez muito bem à personagem que viu como sua amiga está vivendo e se recuperando bem em outra cidade; essa notícia foi essencial e era o que faltava para Hinata ficar de uma vez por todas aliviada. Suas lágrimas demonstraram bem isso. Além de tudo, Rei voltou a fazer aparição agora se lamentando erroneamente por “não ter feito nada para ajudar”. Como bem rebatido pela garota, ele fez o que pôde, deu conforto, carinho e ouvidos à garota. Ouviu seus desabafos e a reconfortou com suas promessas para um futuro melhor. Porém, a resolução do problema dos casos de bullying em sua essência não poderiam mesmo ser resolvidos pelo protagonista; era necessário o que só agora aconteceu: um ou mais professores se responsabilizar pela situação e assim tomar alguma alguma atitude, contando com a presença de todas crianças da classe, seus pais ou responsáveis.

Em meio a essa nova fase, Hina está muito contente e a própria direção visual e a narrativa de Rei demonstram bem isso. Está com uma aura clara e reluzente em sua volta, seu sorriso está mais bonito e grandioso do que nunca, e a garota literalmente anda entrelaçando seu par romântico, com um ânimo nunca antes visto que a faz dançar naquela calçada nas margens daquele tão lindo rio.

Sangatsu no Lion praticamente terminou um arco e dará novos passos em direção aos desenvolvimentos de personagem, principalmente de Rei.

Avaliação: ★ ★ ★