Suka Suka #3 | Análise Semanal

 
Muito bem explorada, Chtholly está ganhando seu devido destaque na série por finalmente compreender melhor do que o protagonista é capaz. Com seu passado inteiro já desmitificado e explicado com detalhes pela sádica Nygglatho todos já ficamos cientes – se já não estivéssemos anteriormente pela sinopse do anime – sobre a importância desse personagem que literalmente não é um humano comum.
 
Chtholly é ingênua e tem medo do novo, não consegue aceitar que realmente existe uma forma inédia de confrontar seu destino – não se autodestruindo, a heroína tenta agir durona mantendo-se à postura de quem a toda vida foi criada para este único propósito de ser da única espécia que consegue algum efeito contra tais terríveis criaturas, mas não esconde a verdade de que está com medo de morrer.


Um dos principais motivos disso, já não é novidade, cham-se Willerm. O protagonista mexeu verdadeiramente com a garota (talvez por tê-la feito uma massagem extraordinariamente prazerosa que tirou todas dores que ela sentia após a batalha, o que nunca ocorreu antes), e um dos avanços mais significativos do roteiro ocorreu por esta causa, sem nenhuma enrolação por partes dos personagens que poderiam ficar indecididos até o final – prova de maturidade da narrativa. Ainda que com certa dúvida e com razão em não querer desvalorizar-se de todas as outras fadas que morreram por este mesmo destino, não conseguindo aceitar o fato de que há alguém que possa mudar as coisas agora, sua conversa com o general Limeskin (o cara de lagarto, dragão, sei lá…) envolveu sinceridade importantíssima, e agora a decisão está nas mãos da própria garota.

 
O romance está, de certa forma, sendo muito bem introduzido na série por mais que Willerm não esteja pensando nisso em nenhum momento. O zelador que não é nada humilde em suas habilidades com espada está determinado a ajudar esse povo e logo lutará ao lado das fadas. Sua “manutenção” na espada de Chtholly foi bem interessante, a complexidade envolvida por todos talismãs que compunham sua lâmina ainda que de forma um pouco aleatória de mais em suas virtudes mágicas foi uma ideia bacana, o clima envolto a esta cena foi linda ao mesmo tempo que inocentemente romântica.

Uma boa direção é tudo.

A luta no início do episódio foi muito bem conduzida, a prova de que não é necessário esbanjar animação fluída para fazer-se uma batalha legal e empolgante; basta uma direção competente a mais algum esforço dos animadores. O flashback que o protagonista teve enquanto estava desmaiado mostrou a tal criatura que o fez ser congelado por tanto tempo, e pelos diálogos apresentados esse demônio provavelmente voltará, ou já voltou. 

 

 

O episódio encerra-se então com a garota do cabelo azul indo para batalha, com uma confiança a mais do protagonista, o que é necessário. O que acontecerá? Não faço ideia.
Avaliação: ★ ★ ★  ★ (+)