Existem três gerações de humanos que ganharam habilidades de comportar-se com as chamas. O protagonista Shira é da 3º geração (a mais fraca) e tem a habilidade de controlá-las, visto que pessoas de outras gerações podem desde controlar/criar as chamas até manipulá-las de outras formas. Vale dizer que quando a brigada vai derrotar um humano em combustão, levam uma freira junto para que reze por sua alma, a fim de não ter nenhum perigo maior para a pessoa que virou um “monstro de chamas”.
Diferente de outas histórias em que um arco é prologando até não dar mais, En En no Shouboutai exibe arcos relativamente rápidos. Muito do desenvolvimento da história que indaguei que demoraria para acontecer veio de maneira súbita, como por exemplo, a apresentação de todos os outros batalhões que ocorreu em menos de 50 capítulos.
Como por exemplo a heroína que é o foco do fanservice mínimo do mangá; Uma personagem que serve para esse tipo de cena ocorrer:
Agora, finalmente sobre a arte do mangá: Ohkubo faz os desenhos com muito esmero. Os designs de personagens são muito bem feitos e característicos, e uma dos principais atributos são os diferentes olhos apresentados ao decorrer do mangá. O trabalho de fazer impacto em quadros também é muito eficaz, o autor sabe mesmo causar impressão em determinadas páginas causando alguma onipotência muito bem à risca de seus desenhos.
Nota também para os background muito bem feitos e com vários desenhos abstratos, e a arte CG muito bem feita no geral. Para um mangá semanal, é de dar inveja.
Talvez a maior falha da obra seja seus vilões. Não os indivíduos propriamente dito, mas sim o seu ego e convicção. Sinto uma carência no sentido e na vontade de realmente querer tudo aquilo; Seus fundamentos são quase supérfluos e não impactam tanto levando em consideração algumas ideias e eventos. Mas como já disse antes, na parte do design todos personagens são peculiares.
Para concluir: En En no Shouboutai é um shounen diferente do habitual em sua proposta, mas como qualquer outra obra têm seus defeitos aqui e ali (neste caso, aponto principalmente os clichês: Cenas fácies de prever pelo seu óbvio). A arte com certeza é um das suas características mais benéficas, como também a variação de personagens de bom cunho que vão aparecendo ao decorrer da série (não que isso agrade a todos…); É um entretenimento que vale a pena dar uma olhada com suas humildes 20 páginas – em média – por semana.
***