Pandora Hearts – Volume 2 | Review

 
Capítulos – Pesadelo em sentido horário, Realidade discrepante, Reunidos novamente, O grito das profundezas e A pergunta do eremita.
Pandora Hearts Volume 2
Análise geral
O volume 2 de pandora hearts teve como foco a relação de Raven(Gilberth) e Oz Vessarius, sendo grande parte do volume uma construção dessa relação, com conflitos e situações que enalteciam esse objetivo. Com momentos como a batalha no antigo castelo, onde fora realizada a cerimônia da maioridade, relembrando a trágica situação que havia ocorrido naquele local no passado e reconstruindo a mentalidade dos personagens em cima da situação e as magoas dos mesmos, toda intensidade e expectativa que a batalha não passou(como não é o foco do anime,não há porque cobrá-lo, é apenas uma observação para os fãs de shounen) ficou a cargo da construção da cena e aos diálogos repassarem ao leitor. Com um alto índice de tensão e carga dramática sendo jogado a cada quadro que se passava, se alinhando com alguns “flashbacks” de frases e cenas. 
A progressão da estória no volume foi muito interessante, após Alice e Oz aceitarem entrar na “Pandora” eles são designados para uma missão, e nela vemos o porque a existência de contratantes ilegais é tão prejudicial, seja para o individuo que carrega a “chain” ou para a própria sociedade, tendo a morte como o fim. Trazendo uma nova preocupação para Oz, que é o tempo que ele tem até que o mesmo ocorra com ele, tendo como o único meio de salvação as memórias de Alice. 
O clímax do volume se dá após a batalha contra um membro dos baskerville, onde é encontrada uma das memórias de Alice. Com isso se inicia o embate de Oz e a “vontade do Abyss”, com uma sequência de diálogos intensos e pesados, baseados no “amor” dela pelo protagonista e o ódio da mesma pela Alice. A resolução do conflito foi um ponto surpreendente, a atitude de Oz de atirar na boneca que representava a “vontade do Abyss” e principalmente a forma que ele o fez, a serenidade na forma de agir e a maturidade empregada no momento foram muito elevadas(posteriormente, até o próprio Gil o indagou sobre isso). A conclusão do volume é dada pela confirmação de que Oz é a chave de Abyss, mas o ponto mais intrigante é a pergunta de Break, “Afinal, onde você está?”
 
Como já fora dito, Pandora Hearts adora jogar informações e seguir o ponto de vista do protagonista, sendo a formula perfeita para não precisar explicar as coisas imediatamente, e o recurso continuou sendo utilizado nesse volume. Em momentos como quanto o Break pergunta ao Oz “Afinal,onde você está?, o homem que se assemelha ao Oz e que aparece nas memórias de Alice, o crime de Oz, a relação da Alice com a “vontade de Abyss”, etc. Além disso, a obra manteve o alívio cômico nas suas cenas, intercalando bem entre cenas mais pesadas e leves, sabendo dosar o “timing” das coisas.

Flashbacks e Recursos Visuais

Dentro de uma generalização a obra sabe trabalhar com “flashbacks”, nesse volume foi um recurso usado repetidamente. E dentro desse contexto recai um outro ponto já citado no review do volume 1, que é o apelo visual da obra. Pandora Hearts faz muito uso de recursos visuais para que o impacto emocional chegue até o leitor, e não se prende apenas a momentos tristes, também é utilizado em diálogos e cenas de alívio cômico. E além disso, é muito bem utilizado no decorrer da obra,criando uma empatia do leitor com os personagens da obra e suprindo a falta de uma trilha sonora.  
Por fim, o volume superou as minhas expectativas em diversos âmbitos, a obra faz uso de diversos conceitos e trabalha surpreendente bem com todos. O desenvolvimento dos personagens e as suas relações foi o foco principal, sendo dado o devido espaço a todos no decorrer do volume, com um “flashback” inicial que serviu como base para tudo que foi construído. O desenvolvimento da historia é intrigante e deixa pontos para se explorar, sendo muito fácil se envolver com os acontecimentos e os conflitos dos personagens.
 
Avaliação: 4.5/5