Vamos falar de One Punch Man 2 | Primeiras Impressões

Gapso: A 2ª temporada de One Punch Man 2 estreou, e digamos que a produção mal começou o o processo de criação do episódio 4 – de acordo com últimas informações que obtive a respeito do processo de produção. É nítido os problemas que estão sendo enfrentados na nova temporada: designs cambaleantes com inconsistência em momentos-chave; coloração abusando dos tons, deixando todas cores mais fortes e pastéis, com o Saitama bem bronzeado(?); close-ups e outros jogos de câmera e direção em cenas de ação, ou mesmo de movimentações comuns e mais abrangentes dos personagens, para esconder a falta de animação; a própria animação em si, pobre e com poucos cortes realmente animados – além do uso da técnica “gif” – em que se monta uma cena de um personagem fazendo uma sequência rápida de socos, por exemplo, e então a deixa em um loop para dar impressão que são vários movimentos, quando na verdade é apenas a repetição de um corte curto.

Não está tão diferente assim. Eles disseram.
É claro que, pelo fato de boa parte da staff anterior ainda estar presente – embora não as figuras mais importantes -, algumas coisas se mantém: o timing de comédia está praticamente o mesmo, os designs embora nem sempre bem-feitos, não estão tãão diferentes em maior parte do tempo (salvo nos detalhes já observados acima), e a ambientação em geral é a mesma também. Falar de One Punch Man 2 agora terá uma prerrogativa diferente a partir do ponto que você quer considerar: 1) Se você assistir essa sequência ainda mantendo em mente a 1ª temporada, vai notar que as coisas estarão muito mais fracas em todos os sentidos de sua produção, mesmo que o roteiro e a comédia ainda persistam. 2) Se você tentar simplesmente “esquecer” o quão incrivelmente bem feito era o anime anterior, para seguir daqui como se nada tivesse acontecido, a fim de dar um chance a avaliar a sequência por si mesma individualmente, estará lidando com uma história/comédia funcional de produção inicial somente mediana/fraca. Porém, tenha em mente que essa produção “mediana/fraca” vai decair cada vez mais com o passar das semanas. Esse é o rumo das coisas pela catástrofe que está sendo a produção e o cronograma praticamente inexistente da série. Não é simplesmente uma tempestade em copo d´água pelo fato da nova temporada não ser tão bem animada quanto a primeira pela mudança de staff e estúdio, mas sim um tremendo mal caso do comitê do anime que jogou a produção toda pelo ralo; uma irresponsabilidade dos responsáveis e envolvidos no estúdio e no processo de criação da nova temporada em deixar a produção envolver-se em tamanho atraso e mal planejamento. Os animadores estão literalmente se matando de trabalhar para fazerem os episódios em uma semana ou menos; para na medida do possível, apresentarem o melhor conteúdo que conseguirem. E assim seguirá todo o restante de One Punch Man 2.
Avaliação:      
Léo: Chocrível! Que a segunda temporada de One Punch Man seria uma baita farofa, todo mundo já sabia. Hoje, materializou-se o confirmado, chocando o Japão e, graças à pirataria, o mundo. Mas não foi de todo ruim; jogaram uns pedaços de linguiça e bacon aqui e ali no meio da farinha seca e deu para dar um gostinho… Os cortes e close-ups repentinos em momentos podem agravar casos de epilepsia do espectador; uma suposta batalha do Genos pode piscar na tela de vez em quando por dez segundos durante a conversa de um marmanjo e um careca (os carecas são diferentes, tenho dito) como fosse propaganda da Jequiti na SBT; cenários sem iluminação compõem cenas tão escuras que levam o espectador a crer que a jornada de sua nada mole vida esteja chegando ao fim. Sim, essas eventualidades enfadonhas se sucedem no decorrer da experiência do episódio. Mas ora, como meu amadíssimo colega Gapso disse, o mantimento de certos consagrados da staff anterior manteve conjuntamente a qualidade do humor! A narrativa do personagem King, foco da estréia de One Farofa Man, é interessante e dialoga com o Saitama, já que os dois querem de certa forma fugir do compromisso de ser um herói – só que o King não quer ser herói de jeito nenhum. A interação dos dois, até mesmo o próprio King sozinho, consegue ser hilária. Cativa o suficiente para sustentar o episódio até o final, sem te deixar com o insaciável desejo por porrada de qualidade – a não ser que você não seja tão adepto a humor, o que eu acho difícil. O problema é o que vem pela frente. Com 500 episódios para fazer em cima da hora, vai ficar complicado; depende também de para onde essa história vai. Embora não seja leitor do mangá, sei que os leitores tem grande apreço pelo personagem Garou – que tem o borogodó de vilão principal. Provável que este seja um arco querido dos fãs. É aí que a J.C. se eStrafa: somente humor não bastará. Salivaremos por intensas batalhas e não haveremos de vê-las. Fica para nós a decepção; para o estúdio, a gélida sombra do fracasso.
Avaliação:      
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