Kimetsu no Yaiba | Primeiras Impressões

Gapso: Inicialmente, a premissa de Kimetsu no Yaiba apresenta elementos bem simples e até comumente vistos em outras obras: O protagonista é o alicerce e força da sua família, ele a deixa por um instante, por causa de todas suas obrigações, e uma tragédia acontece. Alguém [sua irmã] sobrevive e ele quer fazer de tudo para salvá-la. Apesar da determinação padrão inicial de um shounen, não conheço a obra original para saber quais elementos são destacados e levam essa história para rumos mais diversificados e com sua própria identidade – mas acredito que isso esteja presente em Kimetsu, a própria abertura deixa aparentemente claro. O monólogo do caçador de onis, na parte final do episódio, entrega alguma coisa diferente por fazer uma narração do prodígio protagonista e suas habilidades que estão para além do próprio olfato aguçado; A perspectiva de que ele deve derrotar a garota oinu com sua compreensão do sofrimento de Tanjirou são bem equilibrados e fazem o mínimo para que não soe conveniente demais que a oni seja poupada do caçador. Com certeza, há muito mais a ser explorado e eu aguardo para ver o rumos possíveis na ambientação desse universo para mim desconhecido.
 
Porém, o que quero dizer mesmo é: a estreia conseguiu transformar essa introdução em uma execução exímia. Não só pelo espetáculo visual dos acabamentos de backgrounds e  designs finamente sólidos dos personagens, mas como a direção dinâmica na ação; as perspectivas de câmera bem trabalhas que mesclaram muito bem o 3D com a visão em primeira pessoa; o trabalho da trilha sonora para impactar não só a ação, mas como os momentos de exposição de violência – como quando o protagonista vê sua família morta – com o toque da direção em dar peso às cenas; além da própria animação, no nível já esperado da Ufotable. A história com certeza pode ter pontos e abordagens promissoras daqui em diante, não a condeno ao dizer que o episódio inicial foi em geral bem básico nesse ponto inicial do roteiro, sendo óbvio em seus eventos e circunstâncias, mas todo o peso da produção dá ainda mais forças para guiar essa série adiante com toques certeiros que com certeza criam um charme e cores próprios para o anime. Foi um ótima estreia por todo seu complemento, pela entrega e execução do conteúdo. 
Avaliação:      

Nick: Com a Bones atualmente deslumbrando a todos com sua participação no otimo My Hero Academia, parece que é a vez de atacar mais uma grande propriedade da Shonen Jump. O material fonte de Kimetsu no Yaiba se encaixa perfeitamente na clássica casa do leme da Jump. E essa estreia faz muito com isso. O apelo de Kimetsu no Yaiba começa com sua premissa – que é muito mais inovadora do que a configuração padrão da Jump. O protagonista Tanjiro vive com sua pobre família em uma montanha de neve, até que um ataque de demônio deixa todos, exceto sua irmã, brutalmente assassinados. Como ele logo descobre, sua irmã foi realmente transformada em um demônio, levando ao clímax deste episódio – uma negociação frenética com um Demon Slayer para poupar sua vida. Em última análise, ele sai com a irmã demoníaca a reboque, na esperança de que de alguma forma reverta sua condição. Está claro desde o início que a família de Tanjiro está sendo estabelecida apenas para fins trágicos, mas eu ainda achei tanto sua preocupação quanto seu desespero convincentes ao longo desta estreia. Eu também apreciei o cenário único da história, e quão eficientemente o folclore demoníaco informa o claro e convincente conflito da história. Os momentos de cada um desses irmãos protegendo o outro foram algumas das melhores coisa do episódio, e eu já estou intrigado para ver como o Nezuko demonizado se desenvolve como um personagem. Este episódio está cheio de ganchos convincentes e, no final, o conflito com o caçador de demônios demonstrou que essa história também é perfeitamente capaz de satisfazer taticamente a ação shonen. E entramos com a caruagem da Ufotable. 

O design visual do espetáculo também é sólido, embora talvez não seja o padrão usual da editora. Se alguém tem alguma dúvida sobre isso, a presença da Ufotable deve sufocar as concorrentes, My Hero e Neverland – isso não é um estúdio que um comitê de produção geralmente vai quando os orçamentos e principalmente tempo estão apertados. Se você estivesse preocupado, assim como eu, que uma série como essa fosse ser diluída por eles, não há muitos sinais disso nesta estreia, o que parece ótimo. Sim, há muito CGI, Ufotable é isso, mas uma coisa que faz a Ufotable ser lembrada é que o seu CGI é muito melhor integrado na maior parte do tempo. 

Os destaques são os character designs e os backgrounds, certamente, que fazem um bom trabalho em enfatizar as emoções frenéticas dos personagens e a beleza selvagem do deserto. Eu estava menos entusiasmado em ver o show já confiando em alguns modelos pouco convincentes de CG para transmitir o voo de Tanjiro pela floresta. Além disso, não houve grandes momentos de animação neste episódio, o que pareceu decepcionante para o que supostamente pretendia ser um importante veículo de ação. Mas, ainda é um programa que parece estar alto e que vale a pena embarcar. 

Avaliação:      ★(++)

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