Boogiepop wa Warawanai (2019) | Primeiras Impressões

Antes da análise propriamente, estamos avisando que nesta temporada não faremos um post único de Primeiras Impressões, em que todos os comentários para a maioria dos animes são feitas pelos redatores que participam, mas sim postagens avulsas sobre algumas estreias – à medida que os redatores se sentem na vontade de escrever sobre. Na verdade, isso é um teste. Aquele formato de antes não era tão interessante por diversos motivos (bagunça dos vários títulos juntos, o limite para os comentários pelo espaço apertado, a falta de divulgação da análise inicial de determinado anime, etc). 


Deixem a opinião de vocês quanto a isso, e apontem as estreias que gostariam de ver comentadas aqui, tentaremos fazer as primeiras impressões delas na medida do possível – se valer a pena.

Boogiepop fez sua carreira por ser a primeira “Light Novel”, o livro que mostrou a necessidade do novo termo. Após ter influenciado milhares de artistas depois a copiarem o seu padrão, o anime de 2019 vem para adaptar o que a versão antiga não adaptou da história original.

A primeira versão do ano 2000 “adaptava” uma história antes das novels e em partes apenas revela possíveis spoilers da série atual, então não é necessário ver o antigo, pelo contrário, tentar vê-lo pode ser ruim neste instante. Percebendo como o lapso temporal entre elas é grande e o seu “material original” é notável que não podemos comparar as duas obras em todos os aspectos –  principalmente em se tratando do público alvo -, pois são obras somente com o mesmo universo.

O seu predecessor trazia muita paranoia similar a Serial Experiments Lain e era também sem ordem cronológica. O atual retira a paranoia e permanece tentando contar de forma fracionada uma disputa alienígena para testar a humanidade, enquanto a Boogiepop faz o quê?
O que é mais interessante em Boogiepop não são seus mistérios, devo alertar que pelo menos na versão antiga os questionamentos e a forma de visualizar os podres da sociedade eram os grandes motivos de meu entretenimento, porém neste estamos diante de uma obra talvez mais voltada para o seu enredo bizarro.

O seu maior problema ainda não é sua estrutura, a animação apresentou discrepância entre os designs e certas cenas pareciam não se encaixar, a produção como um tudo levantou suspeitas a respeito da qualidade esperada e a trilha sonora é mediana tendo somente a abertura e encerramentos, e pelo segundo episódio a qualidade não muda.

Sobre o elenco, devo dizer que é relativo, alguns podem não se agradar com a falta de reação do protagonista enquanto outros podem achar bobo os sorrisos da Boogiepop, como um grupo eles funcionam bem para a história.
O grande diferencial é a relevância e peso do nome Boogiepop. Caso não se tratasse desta obra, estriamos diante de um anime com bem menos visibilidade tendendo ao mediano, e este é um dos maiores motivos de minha análise não tentar comparar as duas obras, não são a mesma obra e nem tentam ser, é o caso oposto ao de Legend of The Galactic Heroes.

A obra, então, tenta se desvincular de tudo referente ao antigo enquanto tenta ser “moderna” na sua história e forma de contar. O uso em excesso de falas expositivas com pouca informação, cenas encaixadas para serem spoilers ou cliffhangers e falta de confiança na capacidade de quem assiste para descobrir o enredo marcam a versão de 2019.
Por tanto, para quem é fã da outra versão não recomendo, porém quem não gostou dela talvez está seja a oportunidade para se aproveitar um pouco do universo Boogiepop, e para quem não viu nada certamente caso goste recomendo o antigo e sua própria ligth novel caso seja possível.
Avaliação:      
***