Banana Fish #17 e #18 | Análise Semanal

Apesar de Banana Fish ter perdido um pouco as estribeiras sobre seu enredo nos últimos episódios, a história foi colocada de volta nos trilhos e lembramos que esse é um anime ambientado no mundo do crime organizado (vulgo máfia). 
 
Esses dois episódios são bem amarrados sequencialmente e ritmicamente, então vou comentar e avaliar como se fosse um só. Dito isso, há alguns altos e baixos ao longo deles (na verdade, mais altos do que baixos), começando pelo planejamento do Yut, gosto da escolha por não mostrar ele na tese, mas sim na prática por meio de vários acontecimentos paralelos que vão acontecendo durante os dias. Resumidamente, Yut vende seu trunfo (a fraqueza do Ash) para o Papa Dino em troca da eliminação de seus irmãos, que garantem a ele sua posição de herdeiro dos negócios da família Lee. E coloca no jogo a sugestão de eliminar as pessoas envolvidas com o Banana Fish, entre outras coisas. É um jogo pelo poder e uma queima de arquivos ao mesmo tempo, sujo, conspiratório e traiçoeiro como a máfia deveria ser retratada desde o começo… Mas apesar das mãos que movem esse jogo serem as do Papa Dino, o líder e cabeça de tudo isso é o Yut. E bem, é aqui que temos alguns pontos fracos.
Já cometei sobre isso lá atrás em outra análise, que sobre o papel do Papa Dino não ser bem representado. No começo do anime, ali nos 2 ou 3 primeiros episódios, o personagem tinha um ar intimidante, só que ao longo do anime isso vai se esvaindo e Dino vai se tornando cada vez mais fraco. Ele é alguém importante na história, ele representa perigo, porém ele perde a relevância para nós como um chefão do crime. Enquanto isso, quem assume essa posição nesses episódios é o Yut. Que tirando alguns embaraços do roteiro de seu personagem (Como o momento que ele dá a arma pro Ash e pede pra ele atirar em si e fica todo embasbacado com a resposta do Ash), ele é o personagem que vem fazendo as engrenagens antagonistas se moverem. Tem lá seu lado sentimental de inveja e ciúmes em relação ao Eiji e o Ash, mas certamente vem se tornando um personagem mais mais influente no mundo do crime organizacional e mais intimidador que o Dino. 
E quem imaginária uma reviravolta onde o Ash se veria em uma posição completamente imponente? A entrada do Blanco na história é um chute que manda todas as esperanças para bem longe e vemos pela primeira vez uma versão do nosso protagonista em que ele é completamente reduzido. Sai o Ash Liebert com seu QI de mais de oito mil, e entra um garoto amador. E isso é bom.
 
E devo dizer, eu gostei do Blanca, ele entra bem no anime e sua relação com o Ash é interessante, assim como seus diálogos. Ele tem carisma, presença e um ar de profissional que colocam o personagem bem dentro do seu papel e personalidade. 
Os dois episódios foram bons, o roteiro volta o foco para seus elementos principais e a trama ganha uma consistência mais sistemática. E como de praxe, as boas e velhas cenas do Eiji e Ash passando alguns momentos a sós.
Avaliação dos Episódios 17 e 18: ★ ★  ★  (+++)