Mawaru Penguindrum (2011) | Animes de Estilos Artísticos Únicos #8

O mundo foi dividido e os heróis caíram no abismo do tempo.

Sonhando com uma utopia ideal
A liberdade acabou se tornando um fardo muito pesado.
Enterrem o herói manifestado pela fantasia. 
É melhor que perder para as autoridades e viver em um mundo sem liberdade de expressão.
Destruam a Utopia Ideal.
Enterrem o herói das histórias subversivas.
Enterrem o herói manifestado pela fantasia. 
Enterrem os heróis para sempre.
 

Sobre
Mawaru Penguindrum é um anime original escrito e dirigido por Kunihiko Ikuhara e produzido pelo estúdio Brain’s Base. Teve 24 episódios no total, e foi exibido na temporada de Julho em 2011.

 
Na história, uma menina em estado terminal chamada Himari Takakura é milagrosamente salva da morte por um espírito estranho que reside em um chapéu em forma de pinguim. No entanto, em troca de estender sua vida, o espírito dá tarefas aos irmãos de Himari, Kanba e Shoma, que consiste em buscar um item conhecido como o Penguin Drum (Tambor de Pinguim) com a ajuda de um trio de pinguins estranhos.

Ikuhara, conhecido por suas obras Shoujo Kakumei Utena, Yuri Kuma, e por trabalhar em Sailor Moon, marca logo de cara sua excêntrica personalidade em Mawaru que traz uma harmonia lírica entre os diálogos, cenários, cores e trilha sonora. 


E se alguém conhece Utena ou Yuri Kuma, entende que essa harmonia remete a um estado linguístico carregado de metáforas visuais. Causando uma complexidade narrativa que, apesar de não ser muito difícil de compreender, é muito difícil de explicar. Isso porque Ikuhara cria sua próprio utopia em cima da realidade, e brinca com ela aplicando muitas mensagens implícitas e uma sintomática linha de pensamento.

A arte de Mawaru é visualmente bem pessoal, que apesar de ter poucas obras, o diretor facilmente as marcou com seu próprio estilo, que vai muito além de traços e cenários específicos, mas sim por todo o conjunto de elementos narrativos que ele carrega. 

Em uma entrevista com a ANN, Ikuhara afirma que usa algumas técnicas visuais do movimento Nouvelle Vague de vez em quando em suas obras. O próprio nega a palavra “inspiração”, e creio entender que ele usa isso como um recurso, sem especificamente aderir ao movimento, mesmo que seja inegável as características semelhantes que o diretor tem por conta da sua liberdade criativa e não seguir as regras convencionais de como escrever um roteiro. Mas venhamos e convenhamos, ele parece ter feito a escolinha do Godard e compartilha de algumas ideologias parecidas.

Em contrapartida, o teor su-realista e poético subversivo impregnado não somente no visual, mas em toda sua composição, marca bastante algumas semelhanças que se misturam com (agora sim) inspirações em cineastas como Kubrick, David Lynch, e Dario Argento (que inclusive, teve alguns cenários de seu filme Suspiria referenciados em Yuri Kuma Arashi). Falando em cenários, em Mawaru se utiliza muito a composição harmônica, planos abertos e cores vivas, mas com uma caracterização simples e quase minimalista tanto em detalhes quanto nos tons.

Há um uso mais singelo da linguagem das cores aqui, pois o diretor está mais interessado em mostrar belos takes do que traçar de fato algum significado. As poses dramatizadas dos personagens também partem da  atmosfera poética, mas aqui um pouco menos teatral comparado à Utena. E o resultado, alem de realmente ser bonito visualmente, é muito divertido e enérgico, pois dá pra notar claramente que o próprio diretor se divertiu construindo essas cenas.

E se por um lado há uma mão leve em dar um significado para os elementos visuais como enquadramentos e cores, por outro lado, o simbolismo e o referencial são presentes quase como o tempo inteiro por meio de objetos e até mesmo personagens. Mas, antes de continuar nesse ponto, precisamos entender o contexto.

Venho martelando no texto sobre a harmonia artística da obra, isso porque é inevitável uma vez que os pontos são muito bem amarrados. E quando eu dizia tudo, inclui também a mensagem que está criptografada nessa obra. Esse estilo artístico que Ikuhara emprega nos seus trabalhos vai muito além de uma personalidade excêntrica ou estilizada. É algo que através da genialidade do diretor, se comunica, questiona e nos convida para entender o mundo junto com ele. 

Afinal, o que está por trás de Mawaru Penguindrum? O enredo do anime é construído em cima de um acontecimento histórico e de um conto infantil; o primeiro está relacionado a um atentado terrorista, o outro, ao livro clássico de Kenji Miyazawa: Viagem noturna no trem da Via Láctea.

1995

.”…O povo deste país tem permanecido no escuro. E durante a história moderna desse tipo de Japão, o ano de 1995 tem um sentimento especial.” – Ikuhara, comentando em uma entrevista, sobre Mawaru ser um anime que pertence à essa era.

No anime, o número 95 aparece várias e várias vezes do começo ao fim, que remete ao ano em que houve um ataque dos terroristas dentro da história. A data, 20 de março, também foi marcada por um ataque real no Japão, por membros da Aum Shinrikyo, um culto japonês do fim do mundo. Fim do Mundo? Onde foi que ouvimos isso? Se pensaram em Utena, acertaram. O anime pós atentado já apresentava as relações entre o roteiro e realidade com o pequeno grupo de personagens que cultuavam o fim do mundo e o desejo de recriar um novo mundo.

Os membros da Aum acreditavam que seu fundador, Shoko Asahara, iria salvar todos os seus seguidores. O próprio se auto proclamava Cristo, além de pegar partes do livro de Apocalypse para incluir nas suas crenças sincréticas que juntava o budismo com várias ideologias de outras religiões.

Após os atentados, Aum foi considerada uma organização terrorista por vários países e Asahara sentenciado à morte juntamente com alguns membros do grupo. Aum não foi totalmente dissolvida por causa dos direitos de liberdade religiosa, e em 2007 o grupo se dividiu em dois: Aleph e Hikari no Wa. A religião continuou sendo considerada perigosa e sob vigilância do governo japonês, que encerrou o monitoramento sobre HnW em 2017. Depois de uma série de julgamos pós-atentado, dois filhos pré-adolescentes assumiram o lugar de Asahara como gurus.

Em Mawaru percebemos a referência do personagem Watase para Asahara, assim como os dois coelhos negros podem ser interpretados como os dois filhos dele. Watase se auto proclama uma divindade que tem o poder da salvação, assim como Asahara se proclamava Cristo, mas ambos camuflaram com uma libertação distorcida a diversão em brincar com a vida das pessoas. Seu grupo terrorista, originalmente chamado de Penguim Force, mudou o nome para Kiga group alguns anos após o ataque de 95.

Entrevistador: Entendo. Em 1995, havia muitos intelectuais falando, mas tenho a impressão de que não se falou muito sobre isso. 
 
Ikuhara: Suponho que este mundo se tornou bipolar antes de percebermos. Os sentimentos daqueles que não foram capazes de se dar bem com este mundo foram ignorados ou como devo colocá-lo… Isso foi deixado fervendo em um lugar bem abaixo da pele, eu acho. Acho que todos viram isso, mas agiam como se não o tivessem visto.


As referências e ligações entre Penguim Force e Aum não faltam no anime, a questão é, por qual razão Ikuhara fez isso?

O anime retrata boa parte da sociedade como bonecos planos e sem rosto e quaisquer detalhes, partindo da metáfora de que o descarte das crianças transformava-as na grande massa cinzenta populacional, comparando o atual estado social como o resultado de uma grande máquina industrial. E Aleph atualmente se aproveita exatamente desso apatia, o descontentamento das pessoas e suas frustrações ou fracassos na sociedade são as pautas para identificação para conseguir novos seguidores.

Isso torna a posição do diretor quanto à tudo isso ainda mais intrigante, não vilanizando os terroristas e ao mesmo tempo tecendo as mesmas críticas ao capitalismo japonês. Poderia afirmar então que, Ikuhara é um admirador de Aleph?

Acredito que não. Ikuhara mostra um posicionamento imparcial no anime, e por isso ele não “vilaniza” a Penguim Force, pelo contrário, ele também critica suas ações, mas sem deixar de mostrar o lado deles e o fato de serem usados através de suas insatisfações para falsas ideologias.

Ikuhara: Durante o estágio de planejamento de Penguindrum eu por vezes jogava tudo [as ideias] para o alto. No começo, havia um plano com somente os animais aparecendo, então eu decidi fazer uma heroína pinguim. Por isto que Hoshino estava lá! – e algo estava conectado. Naquele estágio pensei que poderia ser a hora de fazer “A História de 95” eu queria fazer há muito tempo. Por que não podia ter um pinguim num cartão de trem? Então a conexão nasceu. Se você olhar para a minha carreira de Utena até Penguindrum há muito tempo livre – o ponto é que eu realmente queria fazer a “História de 95” por todo esse tempo. No entanto, quando eu respondi aos patrocinadores do “por que você quer fazer uma história triste?” com “e se minhas razões fosse querer dizer “isso”?”, não daria certo fazer isso depois do estágio de planejamento. Se eu não conseguisse fazer a “História de 95” qual seria o significado da minha vida, me perguntava – era de total importância para mim que conseguisse fazer até esse ponto. Eu achei que esse era o tema mais importante para nós que viemos da geração pós Anpo e que não havia mais ninguém além de mim que poderia retratar isso (essa temática) em um anime. Porém, quando entramos na fase de produção o terremoto Tohoku aconteceu e eu fiquei chocado pela fragilidade da ficção que estava para retratar. Se não fosse por isso, o anime teria saído mais fraco e falso, eu acho. Havia uma grande mudança na história sobre família e irmãos. Nesta hora pela primeira vez com Penguindrum era irrelevante para mim se estava fazendo uma parodia sobre algo. Realmente não importava. Eu tinha percebido que havia algo mais importante que aquilo. Que era importante que você tivesse algo que você queira comunicar.

Viagem Noturna no Trem da Vai Láctea


Para entendermos melhor qual a visão do diretor, é necessário subirmos no trem, que Ikuhara tanto nos convida, e notar o que ele representa. Uma forte inspiração para o enredo de Mawaru e para a sua essência vêm do livro infantil, que em japonês chama-se Ginga Tetsudou no Yoru. Essa obra ganhou uma excelente, porém muito subestimada, adaptação para um longa animado que foi lançado em 1985.

A história é sobre dois garotos, Giovani e Campanella, que embarcam em uma viajem su-real dentro de um trem misterioso. Giovani é um garoto que se encontra deslocado em sua cidade, ele é solitário e zombado na escola, e trabalha parte do seu dia para conseguir dinheiro e ajudar em casa. Não cabe aqui entrar em mais detalhes, o que quero ressaltar é que a obra trabalha muito as questões sociais e parte numa busca por respostas a respeito da morte e da felicidade.

O trem é um grande simbolo do Destino e da Morte e vemos isso várias e várias vezes sendo usados em diversos animes, principalmente de terror. Obviamente porque, se você embarca em um trem, não pode sair até chegar ao seu destino. Em Mawaru se usa muito essa linguagem para traçar os caminhos de seus personagens. O enredo do anime foca bastante dentro do tema e usa as diferentes visões de seus personagens sobre o que é o Destino para questionar essa crença. A própria vida e a desconstrução da família dos três irmãos é manipulada do começo ao fim, e o anime deixa isso claro inserindo a todo o momento as engrenagens do destino. Seja pelas letras das músicas, as duas colegas de classe da Himari – que representam deusas do destino e constantemente as vemos nas telas dentro do metrô, vários objetos rodando, ou círculos.
Mas no final o trem, ou o metrô, sempre leva a morte. Esse é o ultimo ponto do destino?

A Maçã, muitas vezes interpretada dentro das crenças cristãs como um simbolo para o fruto da árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau, é por vezes a representação do pecado e por sua vez, a morte.

Espera! Então, na interpretação sobre a obra de Kenji Miyazawa, a recompensa por colocar o amor acima de tudo é a Morte?

Mawaru apresenta essa interpretação, de que a morte é apenas o começo. O que a maçã faz dentro do anime é dar a liberdade de escolha para os personagens, deixando que eles decidam o próprio destino, seja dividindo isso com alguém ou até mesmo se sacrificando por outra pessoa.

Partindo desse ponto, entra a fábula do escorpião contada em Ginga Tetsudou no Yoru e colocada em prática em Mawaru Penguindrum:

O escorpião matava os insetos e os comia, até que um dia uma fuinha o encontrou.
O escorpião correu e caiu em um poço bem fundo.

Então ele pensou
“Por quanto tempo eu comi aquelas outras criaturas?
E dessa vez que eu era a presa, eu corri morrendo de medo.
E olha o resultado, eu morrerei neste poço, sozinho.
A vida é cheia de incertezas. 
Eu poderia ter dado mais um dia de vida para a fuinha com meu sacrifício.
Mas agora, minha morte não vai ajudar ninguém. Eu sou inútil.
Por favor, Deus, eu lhe suplico, de coração, ouça o meu pedido.
Na minha próxima vida, não deixe que eu seja inútil.
Deixe-me usar meu corpo para a felicidade de todos no mundo.”

Então o escorpião ardeu em chamas, formando um grande brilho vermelho.

E com a luz de seu corpo em chamas, ele iluminou a noite para sempre.

O que vamos deixar para trás quando morrermos? 

Mawaru usa vários pontos de vista que seus personagens tem sobre o destino, alguns gostam, outros odeiam. Mas no final é dito “Eu amo a palavra Destino“. Por que? Toda a diferença é feita na forma em que se vê o destino, afinal qual é o melhor: Aquele que controla nossas vidas ou aquele que nós mesmos decidimos?

 
“Enquanto você não tornar o inconsciente consciente, ele controlará sua vida e você o chamará de destino”C. G. Jung


A mensagem em Penguindrum é tão complicada de se alcançar e quando conseguimos, vemos algo que soa simples. Mas não é, as pessoas continuam vivendo presas em suas caixas e as vezes passam toda a sua vida sem encontrar essa resposta, permanecendo controladas pela sociedade ou ludibriadas por falsas ideologias como as de Aleph.

A verdade é que, independente de crença, se você vai para o paraíso, reencarnar ou se não vai para lugar algum, todos tem a liberdade para escolherem seus destinos sejam eles ruins ou bons; porém, o amor nos recompensa mesmo após a morte. Assim como o escorpião, o amor nos permite deixar algo bom para trás e iluminar o caminho de alguém. 

Saia da Caixa
Watase (Personagem): Seres humanos são criaturas tão inconvenientes. “Por que?” Você deve estar se perguntando. Porque eles nunca conseguirão escapar da caixa chamada “Ego”. Essas caixas não nos protegem, elas tomam coisas que são importantes para nós. Mesmo que alguém esteja do seu lado, você não conseguirá derrubar a parede e alcançar a outra pessoa. Nós nascemos sozinhos e morremos sozinhos. Sabemos que nunca iremos conseguir nada dentro de nossas caixas, mas não existem saídas, ninguém pode salvar ninguém… Por isso, a única coisa que podemos fazer é destruir as caixas, as próprias pessoas e o mundo.

Watase via as pessoas como se elas estivessem presas pela própria ignorância; em um ponto de vista semelhante, Ikuhara em suas respostas para algumas entrevistas (trechos que foram espalhados por aqui), criticou a forma como a sociedade japonesa parece ter fechado os olhos para os ataques de 1995, fingindo que nada daquilo aconteceu. Essa apatia não é apenas sobre o incidente, mas para os problemas sociais em geral. As pessoas da grande massa se trancam em seus mundinhos e nada é manifestado.

Trazendo isso para nosso lado do mundo, estamos na era em que quase tudo é manifestado. As pessoa gritam por suas liberdades, opinam sobre tudo, brigam. Mas será que isso significa que saíram de suas caixas? Parafraseando novamente Jung, “[…] Enquanto você não tornar o inconsciente consciente, ele controlará sua vida…” E repito a pergunta, Será que VOCÊ saiu da sua caixa?

Afinal, o que é liberdade? Para muitos é ser completamente independente e não ter ninguém controlando a sua vida, mas isso é algo quase impossível e alcançar seus desejos não significa liberdade, porque de uma maneira ou de outra nossas vidas permanecem controladas. Somos sempre escravos, da politica, do dinheiro, das pessoas em nossa volta e de nós mesmos.  Mas eu acredito em outra liberdade, uma liberdade diferente, algo que não é físico. Nós diariamente somos bombardeados por informações que moldam nossos pensamentos, como os ensinamentos nas escolas ou livros que nos convence de que seu conteúdo é a verdade absoluta. Quantas vezes não vemos as pessoas nos dias de hoje presas às filosofias antigas e novas? Buscando a compreensão para cada duvida do universo nas opiniões de outros? Ler e buscar conhecimento é uma das práticas mais importantes que devemos ter, mas o mais importante, é buscar nosso próprio entendimento. Pensar, refletir. Os livros deveriam ser um meio para levar as pessoas a isso e não algo para decorarmos em nossas mentes. Isso não passa de uma “Escravidão da Inteligência”.

Watase estava errado: os seres humanos podem sair de suas caixas. Nós temos a capacidade de enxergar as engrenagens do mundo, decidirmos nosso próprio destino. Porque a liberdade é algo que pode ser alcançado dentro de nós, basta abrirmos nossos olhos.

Pinguins?

– “Ok Maya, mas depois desse devaneio todo, você não comentou sobre a coisa mais importante… Por que diabos Pinguins?”

É. É verdade (LoL).. Para isso, nada melhor do que a resposta do próprio Ikuhara:

“[…] Eu os fiz aparecer porque gosto deles, mas há várias outras razões. Primeiro de tudo, minha carreira começou na Toei Animation. Lá, fomos ensinados que é necessário ter pequenos animais voltados para as crianças. Isso afundou profundamente em mim. Eu não posso fazer sem.

[…] Os pinguins são personagens semelhantes a mascotes ao longo das gerações. A razão para isso é provavelmente porque eles são uma espécie de “animais de lá”. Cães e gatos pertencem à nossa vida diária, e a maioria dos outros animais de estimação além deles também são mamíferos, mas os pinguins são pássaros. No entanto, eles não parecem pássaros. Eles mergulham na água. “Pinguins” não parecem uma família especial de animais? E não é bom esse sentimento de “eles não podem ir a qualquer lugar”? Soa como: “Eu não posso voar, mas também não posso ficar submerso para sempre. Então, onde eu pertenço?” 

Mawaru é, em tudo o que envolve, uma construção carinhosa de uma verdadeira obra prima, seja nos seus conceitos artísticos, sua personalidade viva ou na profundidade de sua mensagem. Tudo está correlacionado. E apesar de eu ter citado várias vezes apenas o diretor, o crédito vai na verdade para toda a equipe que trabalhou nesse anime e juntos ajudaram a fazer um anime “desta era”.

A verdadeira arte é aquela que expressa o que um coração está dizendo. E este, está completamente envolto nisso.

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