No episódio 9, que até agora é o meu favorito, pudemos entender mais sobre a Toudou Gin, que tipo de pessoa ela é e sua relação com Shirase e sua mãe, através de cenas como: a entrevista de Toudou pelas garotas, onde ela disse que o seu “tipo” de pessoa é alguém como as nuvens; a parte em que a mãe de Shirase deixa-a aos cuidados de Toudou; a emocionante cena do exato momento onde a mãe de Shirase desapareceu em meio a nevasca e, na minha opinião, uma das melhores cenas do episódio 9 e de todo o anime, a da conversa entre Shirase e Toudou. Gosto bastante dessa parte pois ela exibe a complexidade dos sentimentos de Shirase quanto ao desaparecimento (morte) de sua mãe e desenvolve as duas personagens através de um excelente storytelling, com um drama intenso mas sutil e realista, algo raro de se ver em um anime. Outra excelente parte desse episódio é a cena final, onde o tão prometido e aguardado momento acontece: o navio finalmente chega à Antártica! E não apenas acontece a chegada, a cena em si é bem carregada emocionalmente pois finalmente Shirase realiza o seu sonho e toda a tripulação, que compartilhava o mesmo sonho que ela, também. Apesar de todas as dificuldades e de tantas pessoas dizerem que nada disso daria certo, eles conseguiram, o enredo nos faz sentir a alegria dessa conquista. Essa parte final também traça um paralelo com a cena de Toudou contando a história de como o Japão foi neglicenciado à exploração da Antártica e como ele se superou e venceu.
O episódio 11 é marcado por dois núcleos: o núcleo de exploração à Antártica e suas exoticidades, onde foi mostrado cenários diferenciados e outras atividades e o núcleo principal — o do conflito de Hinata com as suas supostas “amigas” da época de escola, onde houve bastante desenvolvimento e construção de personagens, feitos de uma forma realista e muito bem montada: houve um crescendo de intensidade ao decorrer do episódio. Tiveram muitas cenas interessantes a esse respeito, como: a intensa cena de Hinata na neve irritada com a falsidade de suas supostas “amigas”, que a abandonaram e voltaram como se nada tivesse acontecido, pedindo desculpas por um erro permanente (o background de Hinata também foi levemente explorado no episódio 6); também houve diversas pequenas partes da Hinata ignorando ferozmente Shirase quando ela perguntava sobre o que tinha acontecido, até que Shirase, por curiosidade e preocupação, lê um e-mail destinado a Hinata e, depois de acontecer uma cena de conflito entre as duas, Hinata acaba por entender as motivações de Shirase e conta mais sobre seu passado; há também uma cena muito emocionante em Rundvågshetta: a cena da conversa de Shirase a sós com Hinata, onde é possível entender nas entrelinhas o respeito mútuo entre Hinata e Shirase. A cena que conclui o conflito das “amigas” da época de colégio é muito intensa, emocional e desenvolve muito bem as personagens — Shirase (inicialmente apenas ela), por meio da transmissão ao-vivo, diz a essas “amigas” o que a Hinata gostaria de dizer — que ela tinha seguido em frente, encontrado verdadeiras amigas, não tinha se remoído e que elas mereciam todas essas palavras pelo que fizeram. Essa foi uma das melhores cenas finais do anime até então, do meu ponto de vista.
Avaliação do Episódio 9: ★ ★ ★ ★ ★
Avaliação do Episódio 11: ★ ★ ★ ★ ★ (++)