Mahoutsukai no Yome #18 | Análise Semanal

Magus’ Bride seguiu neste último episódio com mais um desdobramento do peculiar desenvolvimento da relação de Chise e Elias. Como se não bastasse, depois da repreensão que o mago deu na garota para que Chise a ajudasse com o sumiço do irmão, agora o Mago Ancião está com um novo sentimento; o seu ciúme adverte não só da nova amiga inconsequente de Chise – que surpreendentemente a veio visitar para firmas suas relações, mas também por outros ocorridos – como o passeio de Chise com Alice em Londres – que abalaram o monstrengo.

A sensação é nova para Elias e ele não sabe lidar com isso, e considerando que é uma novidade não podemos culpá-lo. Afinal, às vezes nem os humanos sabem lidar com o ciúme. A repercussão do mago em fugir para o meio do bosque circunstanciona mais o fato dele ser quase uma criança lidando com seus sentimentos. Como Ruth bem mencionou, Chise deve de partir novamente para um papel de mãe na função de acalmá-lo e até ameaçá-lo para as birras acabarem, fazendo com que o mago possa então tomar alguma atitude para se superar em relação as estes sentimentos que não devem e não podem consumi-lo por dentro com tristeza e solidão.

A forma com que Elias acaba inconscientemente machucando Chise durante essas crises sentimentais mostram o quão bizarramente incoerente o mago é em relação a sentimentos por simplesmente não ser capaz de entendê-los direito, desfigurando-se totalmente de qualquer tipo de bom senso nessas horas.


O episódio poderia ter levado todo o seu tempo para este desfecho final do entendimento e a volta para casa dos dois, mas resolveram logo passar para a sequente visita de Chise à Angélica, com um ato falho da direção em já tentar trazer alguma solução de um problema-chave sem ao menos mostrar tal problema, desenvolvê-lo ou tentar torná-lo impactante Refiro-me ao fato de Elias não ter acordado mais, acontecimento que foi mal explanado e apressadamente tropeçado pelo roteiro do episódio. 
A própria visita, em termos gerais, foi muito rápida e aconteceu com diálogos menores e mais simples do que me lembro ter lido no mangá. Mas, mesmo assim, ainda que de forma um tanto estranha, desenvolveram uma questão que se encontrava nessa ida de Chise na casa de Angelica: o fato do marido dela ser um humano normal e ela uma maga que vive por milhares de anos. Ainda que não muito bem expresso, tentaram passar o sentimento – que é muito bem desenvolvido no mangá – de que é triste para ambos (Angelica e seu marido) que esse relacionamento tenha que acontecer desta forma, com ela vendo seu amado morrer e seguindo em frente sem nunca ver o fim de sua vida como se deveria no curso natura das coisas. O marido menciona que ela não queria este relacionamento e que ele insistiu muito para que tudo acontecesse, mas o anime pecou em não mostrar que ela não queria isto justamente pois sabia que tudo iria se repetir e uma hora sofreria, como em outras experiencias passadas. Angelica não quer se machucar de novo, mas ainda assim no momento atual tenta aproveitar sua família. O episódio não deu a entender isso.

Dito isto, o desfecho do episódio foi quase cômico com a advinda de Chise para acordar Elias com aquele tal remédio. O alívio cômico até serviu para aliviar a situação e a cena anterior que deveria ter sido mais triste, porém não muda o fato de que essa trama toda num geral foi mal dirigida e lesionada. 

O final do episódio mostrou uma tenção entre alguns indivíduos dando problema para os dragões no ato de tentar capturá-los, e agora a série deve entrar no seu arco final – que sim, se estende por vários episódios em um caso relativamente grande. Vale dizer que o anime já está praticando perto de onde o mangá situa-se atualmente, pelo menos no que posso ver entre os capítulos lançados em inglês. Não dá para saber exatamente se em seus últimos episódios se estarão adiantando conteúdo do mangá ou não.

Avaliação: ★ ★  ★ ★ (+)
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