Mangá Platinum End #21 a #26 | Review Mensal

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Nesses vários capítulos que segurei, a fim de fazer uma análise que tivesse um pedaço mais completo do desfecho da luta contra Metropoliman,  o protagonista tentou se superar o bastante para não só tentar destruir o vilão, mas pensar rápido em alguma solução eficiente. 

E como se não bastasse, o duelo ala cowboys entre os dois personagens beirou algum tipo de disputa pragmática ou quase honrosa, mesmo que no fundo não haja nada disso em jogo realmente. Parte dos capítulos serviram como demonstração para tentar mostrar uma aptidão de Mirai em tomar decisões rápidas e cada vez mais perigosas, mas novamente a mesma pressão psicológica e pavorosa entra em cena. É repetitivo.

Entre os capítulos, mais um flashback do passado de Metropoliman foram mostrados nos quadrinhos, dessa vez com sua irmã, o que comprovou ainda mais a paranoica que o personagem possui. Tentar congelar a irmã e querer “a vida eterna” é fantasioso demais, mesmo para um riquinho que possui alto investimento em tecnologia. O irônico foi a forma como ele se arrependeu de ter empurrado sua irmã, a inconsistência entre o ódio e o arrependimento bateu tão rápido que ele conseguiu despertar o interesse de um anjo que o colocasse nesse battle royale estranho.


O que foi de fato hilário nisso tudo mesmo foram as idiotices utópicas que o vilão resolveu tomar a si em favor a sua própria ganância para “melhorar o mundo”. O mesmo fracasso de intelecto de personagem que já fora visto em vários lugares se repete nesse mangá com um persona que se acha o superior, que quer “eliminar a diferença” deixando apenas os mais fortes vivo. Um paralelo feito é quando o mesmo cita que vai eliminar aqueles que abusam da “benevolência do Estado”. Ele se refere aos funcionários públicos e políticos? Se fosse isso, pelo menos.

A ideia de eliminar os pobres para manter apenas os ricos não é nem surpreendente, nem novidade, nem assustadora. É só um típico pensamento pobre de um personagem mal roteirizado – seja feito propositalmente ou não neste caso de Platinum End. Suas convicções poderiam ser mais complexas e interessantes do que um simples 1 + 1 = 2.


Ademais, após muita picuinha entre soltar ou não as duas cores de flechas um ao outro, Metropoliman acabou sendo acertado em cheio e finalmente amarrado com ajuda do resto do elenco. O desenvolvimento do verdadeiro desfecho é causado por Mukaidou que mostra ser o único capaz de matar alguém, talvez sem o receio do que pode vir acontecer já que ele estava prestes a morrer. Os dois últimos capítulos praticamente só dão enfoque no personagem que parte dessa para uma melhor tentando deixar o boas lembranças e o legado de herói à sua família. Ele de fato foi a única peça que conseguiria executar Metropoliman daquela forma, mesmo com os eventuais problemas no roteiro ele foi um personagem no mínimo digno.

A forma como os desenhos retratam seu estado de calamidade no hospital, seu rosto plenamente cansado e ferido impactam visualmente em revelar como o personagem lutou contra o câncer até quando não podia mais; foi literalmente por isso que após metralhar o vilão que ele caiu e finalmente pôde descansar.

Platinum End havia construído desde seu início uma narrativa que circulava apenas em volta de Metropoliman como “o vilão” da história, e agora ele foi derrotado. O tal anjo com a máscara do Trump assistiu tudo e se revelou, provavelmente será o próximo a fazer o papel mau – tomara que não seja ridículo como o anterior. A obra deve entrar agora em um novo arco que pode ou não melhorar a situação como um todo, é esperar para ver como essa galhofa se sai na próxima.
Avaliação: ★ ★  ★ ★ 
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