Sangatsu no Lion #33 | Análise Semanal

A vitória consagrada fez com que o protagonista se sentisse mais abraçado do que nunca por seus companheiros e pelas suas queridas amigas. O já não-tão-assim depressivo Rei começa a perceber o quão importante é para aqueles do meio em que convive; não só para a Hina e suas irmãs por toda a ajuda oferecida, todo empenho e dedicação em ajudar Hina e todos os possíveis problemas das Kawamoto, mas para o comitê de shogi que agora conta com ele,para que enfrente o Soyua e chame atenção da mídia em enfervecer a delegação, além dos seus próprios colegas de classe que festejaram sua vitória como nunca com direito até a uma festinha surpresa. As lágrimas de Kiriyama escorreram de maneira bem diferente dessa vez, o sentimento agora com certeza é novo; seu choro não é mais por medo, solidão ou pela pura melancolia pessimista, mas por se sentir mais amado e importante do que jamais devia ter sentido em sua vida.
O episódio também abordou a fatídica partida que deverá acontecer entre Rei e Soyua muito em breve pelo direito do protagonista em desafiá-lo pela vitória do torneio. Mesmo com um notório desenvolvimento e empenho, Kiriyama ainda teme pelo seu inverso de cabelos brancos, e parece não conseguir acreditar na plena realidade de que é capaz de enfrentar seu maior adversário – não só por considerarem Souya como “filho de deus” por sua imponência, mas pela própria pressão que fazem ao compará-los, uma vez que Rei foi um dos únicos a se tornar profissional ainda no ensino fundamental, tendo feito isso logo depois de Souya.
Outros personagens ganharam tempo de tela para mostrar um pouco de desenvolvido, como foi o caso de Shimada e sua plena recuperação que já mostra como esse velho – que de alguma maneira desconhecida tem a cara de Souya, que parece quase ter a idade de Rei – tão sem graça e sem charme já está mais forte do que nunca, além do próprio Gakuto, que é o Rei sem óculos da vida, que tem o estranho costume de ganhar o reconhecimento de seus adversários mas mesmo assim perdeu para o velho sem graça Shimada. Esses secundários estão sendo explorados e desenvolvidos agora a fim de que perpetuem melhor no próximo torneio que deverá ocorrer, aquele no qual o velho do comitê irá tentar defender seu título por mais um ano. Mais deles virão.

Por fim, Rei já vai precisar se adaptar ao fato de que seus colegas cientistas, terceiranistas, irão sair muito em breve e por isso o club ficará sem suas ilustres presenças. A narrativa do episódio também já fez questão de introduzir o diretor e mais um outro personagem para o club, de maneira cômica, para fazer Rei não se abalar tanto pelo que deverá acontecer. Como muito bem explanado pelo cientista mais velho na vida sempre há de se ganhar ou perder, e é necessário que lidemos com isso para que aprendermos mais com as dificuldades, para ficarmos mais fortes e entendermos melhor o que sentimos; mesmo embora seja um pouco cedo, Rei já deverá experimentar isso com seus colegas que logo partirão, e é engraçado que a maioria deles são velhos e estão no terceiro ano do colegial.


Entendemos a referência, mas é bizarro mesmo assim.
Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★ (+)