Mahoutsukai no Yome #11 e #12 | Análise Semanal

Em seu décimo primeiro episódio, Mahoutsukai fez questão de explorar ainda mais sobre o passado de Elias e sua relação com Echos, mostrando as facetas humanas do possível Lieche – que uma vez já deve ter sido um homem normal, mas que agora é uma criatura sombria e um tanto assustadora. Muito embora boa parte da reflexão sobre o personagem só fosse retratação advinda do episódio 10, uma nova retratação para a confirmação de ideias ocorreu aqui, e o mais relevante sobretudo fora as estranhas lembranças de Elias em já ter devorado um humano. Essa suspeita do monstro acaba fazendo mais sentido quando Chise lembra daquela bizarra cena em que o mago quase a devorou no quarto. Não foi somente um pesadelo em meio ao fato da garota ter dormido com seu marido transformado na verdadeira forma o qual pertence, mas sim um ato provavelmente instintivo, talvez não desejado, do monstro que Elias se tornou.

Em contra partida a isso o episódio décimo segundo, que marca o fim da primeira parte do anime, além de mostrar Echo cantando igual um daqueles bons cantores de especial de final de ano da TV, serviu como ponta de desenvolvimento para uma nova Chise que agora se mostra bem firme e mais contente. A sua visão com o antigo dragão, do qual os galhos serviram para que fosse feito o cajado da Slay Vega, ofereceu uma reaproximação dos dois em uma conversa que era muito necessária para engrandecer os sentimentos da tola garota; O velho dragão, sábio de tudo, conseguiu dar uma bom sermão e fazer Chise perceber o quão boba é em viver de tristeza e lamentação, se reduzindo a alguém que tem medo do que pode ou poderia acontecer, mesmo junta de Elias, ignorando todas as boas coisas que estão acontecendo consigo, principalmente todos a quem ela já ajudou nesse tempo.

A conversa foi revigorante para que a ruiva percebesse que não devia manter essa angustia atolada dentro de si, e principalmente, que deveria ir falar clara e francamente com Elias sobre o que a incomoda. Só assim conseguirão chegar em algum lugar. O episódio mostrou também, rapidamente, o ponto de vista do mago, que nada mais se resume do que ao fato dele achá-la necessária, não somente como aluna ou “cobaia”, mas como companheira; o mago também se incomoda com a circustância de que a garota é muito quieta, não se abre, mesmo que ele não saiba que isso ocorre justamente por causa dele mesmo graças a sua falta de senso comum nesse sentido. 

E ao final de tudo, novamente foi mostrado a potência mágica da garota partindo de sua determinação e força de vontade em querer se encontrar com Elias em casa de volta, proporcionou uma cena absurdamente bonita e empolgante da música-tema de abertura do anime tocando enquanto a garota voava igual uma fênix pelas magias concebidas por aquelas pequenas fadas. O recurso visual exposto para expressar o renascimento, o que é costumeiro das expressões de uma fênix, serviram bem para exibir agora uma Chise convicta. E, novamente, a garota dormiu por alguns dias para se recuperar da exaustão mágica, para agora conseguir conversar direito com Elias sobre seus sentimentos e então dar início a uma nova aventura.

O primeiro cour de Mahoutsukai no Yome acaba com um desenvolvimento muito interessante da protagonista, do mago e da própria relação entre os dois que se estende e desenrola de maneira sóbria. O worldbuilding conceituado e contextualizado com a história da Slay Vega se faz incrível e o anime consegue avançar bem calma e lentamente. A segunda parte do anime não só irá melhorar enfim o desenvolvimento do “casal” central, como também entregará novas tramas bem interessantes (a prévia ao final dos créditos finais ilustra bem isso).
Avaliação – Episódio 11: ★ ★ ★ ★ ★ (++)
Avaliação – Episódio 12: ★ ★ ★  ★ (+)
Extra


E então Chise começa a se lembrar de momentos felizes que viveu com sua família… Será este sonho apenas uma parte utópica da imaginação da garota, ou ela realmente viveu esses momentos que disse nem se lembrar antes? Há um mistério em seu passado.