As pedras de Houseki no Kuni e suas peculiaridades

Houseki no Kuni é a grande surpresa da temporada de outubro de 2017, e além da sua diferente ambientação de mundo, o elenco de personagens é formado por gemas (pedras) de diversos minérios que aparentam estar na forma de garotas. Aqui estarão as explicações das principais gemas encontras no anime.

Primeiramente, as personagens usam pronomes masculinos (he / ‘kare‘, irmão mais velho / ‘onii-sama‘, irmão mais novo / ‘otouto‘) para se encaminhar à outros. Enquanto a maioria delas também usa formas masculinas de dizer “eu” (boku), seus padrões de fala pessoal variam muito entre masculino e feminino. Mesmo assim, elas não parecem estar cientes de gênero e/ou características do sexo. Um exemplo disso é a própria Phosphophyllite perguntando à Ventricosus sobre seus “dois sacos de água”. O gênero nunca é criado ou explicado dentro da obra, se eles se vêem como homens ou mesmo sem gênero, é deixado sem confirmação durante a série. A maioria se chama com vários apelidos, mas todos chamam o Kongo de “Sensei” (Professor).

Agora, as pedras reais de cada uma das personagens de Houseki no Kuni, tanto suas semelhanças de cores, quanto explicar as peculiaridades de cada personagem baseando-se nas suas pedras.

1 – Phosphophyllite
 A fosfofilite é um mineral raro composto por fosfato de zinco hidratado. Seu nome deriva da sua composição química (fosfato) e da palavra grega para “folha”, phyllon, uma referência à sua clivagem. É altamente apreciada pelos colecionadores por sua raridade e por sua delicada cor verde azulada. A fosfofilite raramente é cortada porque é frágil e quebradiça (explicando a fragilidade da Phos em si no anime), e os cristais grandes são muito valiosos para serem quebrados. Nível de dureza: 3.5
 
Nota: Clivagem, no sentido posto a mineiras, é a forma como muitos deles se quebram seguindo planos relacionados com a estrutura atômica interna, paralelos às possíveis faces do cristal que formariam.
2 – Morganite
Morganite, também conhecido como “Pink beryl”, “Esmeralda cor de rosa” e “Cesian beryl”, é uma variedade de pedras de cor rosa, de qualidade, da pedra do berilo. As variedades de morganite vão de amarelo ao rosa e também podem ser encontradas com misturas de cores que são comuns. Pode ser submetido ao tratamento térmico para remover manchas de amarelo e ocasionalmente é tratado por irradiação para melhorar sua cor. A cor rosa da morganita é atribuída aos íons Mn2 +. Nível de dureza: 7.5
 
3 – Goshenite
O beryl incolor é chamado de goshenito. O nome é originário de Goshen, em Massachusetts, onde foi originalmente descoberto. Como todas essas variedades de cores são causadas por impurezas e o beryl puro é incolor, pode ser tentador supor que o goshenito é a mais pura variedade de berilo. No entanto, existem vários elementos que podem atuar como inibidores para colorir um beryl e, portanto, essa suposição pode não ser sempre verdadeira. O goshenito foi dito estar a caminho da extinção e ainda é comumente usado nos mercados de pedras preciosas. Nível de dureza: 7

4 – Rutile

Rutile possui um dos índices de refração mais altos em comprimentos de onda visíveis de qualquer cristal conhecido, além de exibir uma birrefringência particularmente grande e alta dispersão. Devido a estas propriedades, é útil para a fabricação de certos elementos ópticos, especialmente a óptica de polarização, para comprimentos de onda visíveis e infravermelhos mais longos até cerca de 4,5 µm. O rutilo natural pode conter até 10% de ferro e quantidades significativas de nióbio e tântalo. Rutile deriva seu nome do latim Rutilus, vermelho, em referência à cor vermelha profunda observada em alguns espécimes quando vistos pela luz transmitida. Nível de dureza: 6
 
5 – Red Beryl
O beryl vermelho (anteriormente conhecido como “bixbite” e comercializado como “esmeralda vermelha” ou “esmeralda escarlate”) é uma variedade vermelha de beryl (berilo). O antigo sinônimo de “bixbite” é obsoleto do CIBJO, devido ao risco de confusão com o mineral bixbyite (ambos foram nomeados após o mineralogista Maynard Bixby). A cor vermelha escura é atribuída aos íons Mn3 +. O beryl vermelho é dito como mais raro que o próprio diamante. Nível de dureza: 7.5 – 8
 
6 – Benitoite 
Benitoite é um mineral de silicato de titânio de bário azul raro, encontrado em Serpentinite hidrotermicamente alterada. O benitoite fluoresce sob luz ultravioleta de onda curta, aparecendo de cor azul brilhante a azulado de cor branca. Os cristais de benzoíte claro à branco mais raramente vistos fluorescem o vermelho sob a luz UV de onda longa. Foi descrito pela primeira vez em 1907 por George D. Louderback, que o chamou de benitóito por sua ocorrência perto das costas do rio San Benito, no condado de San Benito, Califórnia. Nível de dureza: 7
7 – Cinnabar Shinsha 
Cinnabar e Cinnabarite, provavelmente derivados do grego antigo (Kinnabari), referem-se ao escarlate brilhante comum à forma de tijolo-vermelho de sulfureto de mercúrio (II), de fórmula HgS. Esse é o minério de fonte mais comum para refinar o mercúrio elementar, é a fonte histórica do pigmento vermelho brilhante ou escarlate denominado “vermelhão” e pigmentos associados de mercúrio vermelho. Podendo por isso concluir que o “veneno” de Shinsha,seria na verdade mercúrio líquido. Nível de dureza: 2
8 – Jade 
Jade é uma rocha ornamental, mais conhecida por suas colorações verdes, que apresentam destaque na arte asiática antiga. O termo jade é aplicado a duas rochas metamórficas que são compostas por diferentes minerais de silicatos: Nefrit, actinolite e jadeina. Nível de dureza: 7
9 – Diamond
O diamante é um cristal sob uma forma alotrópica do carbono, de fórmula química C. É a forma triangular estável do carbono em pressões acima de 6 GPa (60 kbar). Comercializados como pedras preciosas, os diamantes possuem um alto valor agregado. Normalmente, o diamante cristaliza com estrutura cúbica e pode ser sintetizado industrialmente. Outra forma de cristalização do diamante é a hexagonal, menos comum na natureza e com dureza menor (9,5 na escala de Mohs). A característica que difere os diamantes de outras formas alotrópicas, é o fato de cada átomo de carbono estar hibridizado em sp³, e encontrar-se ligado a outros 4 átomos de carbono por meio de ligações covalentes em um arranjo tridimensional tetraédrico. O diamante pode ser convertido em grafite, o alótropo termodinamicamente estável em baixas pressões, aplicando-se temperaturas acima de 1.500 °C sob vácuo ou atmosfera inerte. Em condições ambientes, essa conversão é extremamente lenta, tornando-se negligenciada. Nível de dureza: 10
10 – Bort
Bort, boart ou boort é um termo usado na indústria de diamantes para se referir a fragmentos de diamantes sem escala de gemas / alta qualidade / de qualidade. Nas indústrias de manufatura, “bort” é usado para descrever diamantes escuros, imperfeitamente formados ou cristalizados de diferentes níveis de opacidade. O grau mais baixo, “crushing bort”, é esmagado por argamassas de aço e usado para produzir grãos abrasivos de grau industrial. Pequenos cristais de bort são usados em brocas. Nível de dureza: 10
11 – Euclase
Euclase é um mineral raro e altamente desejável entre os colecionadores. Pode formar em excelentes cristais de cores intensas e zonadas, e isso, combinado com sua raridade, faz um mineral muito enigmático e altamente colecionável. A Euclase é geralmente encontrada em depósitos de beryl, muitas vezes formado a partir da decomposição do mesmo. O nome de Euclase é derivado das palavras gregas “Eu” que significa “bem”, e “klases” que significa “fricção”, em alusão à excelente clivagem deste mineral. Sua coloração tem variação de branco, azul claro a azul escuro, verde azulado e amarelo. Pode ser colorido com zonas azuis mais claras e escuras ou zonas azuis e incolores, sendo comum a mistura de cores em suas pedras. Nível de dureza: 7.5
 
12 – Neptunite
Neptunite é um mineral relativamente recente, tendo sido descoberto apenas no início dos anos 1900. É nomeado como Neptunus, o deus romano do mar, e sua etimologia é derivada de sua semelhança com Aegrine, que recebeu o nome do deus marinho nórdico. Neptunite forma uma série de soluções sólidas com Manganoneptunite, que é a variante dominante de manganês de Neptunite, enquanto Neptunite é o membro dominante do ferro. Nível de dureza: 8
13 – Yellow Diamond
O diamante amarelo é uma das cores de diamantes mais raras. É uma pedra preciosa deslumbrante com um lindo brilho. Também conhecido como diamante amarelo canário, a pedra tem seu profundo significado especialmente para aqueles que querem se casar. Esta pedra é sempre usada como um anel de noivado. Tem a cor elegante que praticamente distingue-a com outros diamantes. Nível de dureza: 10
14 – Zircon
Zircão ou zirconita (do Persa: Sarkun, dourado) é um mineral pertencente ao grupo dos nesossilicatos. Trata-se de um silicato de zircónio de fórmula química ZrSiO4. A estrutura cristalina do zircão é tetragonal (classe cristalina: 4/m 2/m 2/m). A coloração natural do zircão varia desde incolor passando pelo amarelo dourado, vermelho, marrom, azul e até mesmo verde. Espécimes que exibem qualidades de gema são um substituto popular do diamante (porém a zircónia cúbica é uma substância artificial completamente diferente, com uma composição química diferente). Nível de dureza: 6.5 – 7.5
15 – Obsidian
Obsidiana é uma rocha ígnea extrusiva constituída quase integralmente por um tipo de vidro vulcânico com 70% ou mais de sílica (SiO2 – dióxido de silício) na sua composição química. Forma-se quando uma lava de composição félsica e baixo teor em água (menos que 2-3% mássicos) arrefece rapidamente sem permitir a formação de cristais em quantidade substancial. Apesar do rápido arrefecimento ser necessário, a vitrificação ocorre essencialmente porque a riqueza em silicato das lavas félsicas induz uma elevada viscosidade e polimerização que dificultam a cristalogénese. A obsidiana é classificada como um mineralóide por não ser cristalina, já que ter estrutura cristalina é condição necessária para que um material geológico de ocorrência natural possa ser considerado um mineral. Nível de dureza: 5 – 6
16 – Amethyst
A ametista é uma variedade violeta ou púrpura do quartzo, muito usada como ornamento. Diz-se que a origem de seu nome é do grego a, “não” e methuskein, “intoxicar”, de acordo com a antiga crença de que esta rocha protegia seu dono da embriaguez. Entretanto, de acordo com o Rev. C. W. King, a palavra provavelmente é uma corruptela de um nome oriental da pedra. A ametista foi usada como pedra preciosa pelos antigos egípcios e era amplamente empregue na antiguidade por entalhadores. Contas de ametista foram encontradas em túmulos anglo-saxônicos na Inglaterra. É a pedra oficial do curso de Letras, normalmente utilizada em anéis de formatura, simbolizando o esclarecimento. Nível de dureza: 7
18 – Alexandrite
Alexandrita ou alexandrite é uma variedade do mineral crisoberilo e uma pedra preciosa muito apreciada e de grande valor. Muda sua cor de acordo com a luz: à luz natural é geralmente verde-oliva, mas à luz incandescente, de lâmpadas de filamento e fogo, assume cor vermelha, o que também explica as mudanças na cor do cabelo da Alex em modo de batalha. Sua mudança de cor e relativa escassez é devido a uma combinação extremamente rara de minerais, incluindo titânio, ferro e cromo.     
 
O crisoberilo algumas vezes pode conter minúsculas inclusões em forma de agulhas, paralelas, que refletem uma luz prateada e ondulante (efeito de acatassolamento), quando lapidada em cabochão. É uma das pedras mais caras, sendo encontrada nos Montes Urais na Rússia e no município de Antônio Dias em Minas Gerais. Nível de dureza: 8.5
 
18 – Antarcticite
Antarcticite é um mineral de hexahidrato de cloreto de cálcio incomum com fórmula: CaCl2 • 6H2O. Forma cristais aculares trigonais incolores. É higroscópico e tem uma baixa gravidade específica de 1.715. Como o próprio nome indica, foi descrito pela primeira vez em 1965 para uma ocorrência na Antártida, onde ocorre como precipitado cristalino de uma salmoura muito salgada em Don Juan Pond, na extremidade oeste do vale Wright, Victoria Land. Esta descoberta foi feita pelos geoquímicos japoneses Tetsuya Torii e Joyo Ossaka. Nível de Dureza: 2 – 3
19 – Padparadscha
As safiras Padparadscha geralmente não são bem conhecidas pelo público em geral, mas os colecionadores de pedras preciosas os testemunham. Eles são muito bonitos com cores incríveis. Padparadscha é derivado de uma palavra Singhalese para “flor aquática de lótus” com uma linda cor de salmão. A cor da safira padparadscha pode variar de uma cor de salmão com uma tonalidade rosada a uma tonalidade alaranjada. Eles também tendem a não serem uniformemente coloridos, eles podem ter zonas de cores com sugestões cor de rosa e amarelas em torno de sua cor de salmão. Com o Padparadscha sendo extremamente raro, muitas vezes eles têm cortes assimétricos. É difícil encontrar um padparadscha em mais de dois quilates em peso. Quando se encontra, é considerado excepcional e extremamente raro. Nível de Dureza: 9
 
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