Kino no Tabi #8 | Análise Semanal


A palavra para definir este episódio é a bizarro, existe um país de pessoas com um pequeno distúrbio causado por ondas de rádio? Isto não seria tão bizarro se estas ondas não fossem culpadas por assassinatos e se o anime tivesse plena noção da sua mensagem.

A mensagem de agora é algo antigo e já foi trabalhado em muitos animes, um exemplo famoso é Paranoia Agent de Satoshi Kon (Mousou Dairinin) que é uma série de TV muito boa dedicada integralmente a este conceito, pessoas fazendo coisas brutais e culpando coisas bizarras. Os problemas começam quando algumas ideias são faladas sem pensar muito nas consequências.


Shizu entra no país, para o que seria o episódio focado nele, e vê um professor carregando a cabeça de uma das alunas ele então para o assassino e é levado para investigação, nela termos a história dos habitantes locais. Eles eram na geração passada escravos e controlados por chips, e logo o culpado surge das ondas de rádio maldosas que transformam pessoas boas em más.

Está é uma explicação muito carente por dois pontos chips não são hereditários e esta tecnologia é muito seletiva, este seria o primeiro erro mostrado, o segundo nem foi mostrado ele fica de forma escondida, estamos falando em detalhar os motivos aos quais leva a população matar num país tão calmo e quase sem índice de assassinatos.


Simplesmente o anime ignora isto, tudo começa a tomar rumo bizarro quando Shizu sai para investigar as “ondas de rádio”, ele vai até a torre tira fotos e volta para a cidade, neste momento não existia surpresa na reação dos populares era óbvio que eles negariam e para piorar Shizu não consegue ler a mente do povo o exemplo é o último episódio focado nele.

Neste momento o anime se torna algo aleatório Tii surge com granadas, pega um bebê e decide se explodir. Percebam que antes disso o cachorro Riku já havia avisado para não mostrar as fotos, era sabido de tudo, e mesmo assim ignora-se, digo o confronto era previsível e evitável e acabou por sendo algo sem significado no anime.


E para fechar Shizu em termos leigos comete “genocídio” como se fosse por vingança, as suas últimas palavras ao Chefe de polícia só geram caos e morte, e com qual sentido em falar aquilo? Qual a mensagem do anime? Por isto fica claro a falta de leitura do anime em ver a sua própria mensagem e entender o seu telespectador.

A única ressalva do episódio todo que merece destaque são as cenas pós créditos, nela temos Tii no seu modo moe gerando empatia, seria mais eficiente se gostássemos dela, mas o anime não se importa em criar isto antes.


E sendo mais uma vez bem medíocre na sua produção e bobo em vários casos com os populares, Kino no tabi entrega um episódio frustrante e que ao se pensar no quão o tema trabalhado é bacana e pode ser explorado pelo visto em outros animes a frustração só aumenta.

Extras:


Deixo a indicação para quem quiser ver um anime abordando este tema de modo muito superior e com mais dedicação o anime Paranoia Agent.


Avaliação: ★ ★  ★ ★