Shoujo Shuumatsu Ryokou #6 | Análise semanal


A tristeza das pequenas coisas, a necessidade descabida de provar à sua vida valor, ao mesmo tempo que a falha é capaz de libertar você de toda esta tentativa condenada ao fracasso forma algumas das ideias apresentadas, em termos leigos este episódio tratou de ser “despreocupado sem esperança” ou “livre com desespero”, trouxe nova personagem e continua no modelo anterior de ser.


O conceito abordado com a Ishii é aproximadamente a continuação do Kanazawa, temos uma pessoa sem algo para provar que ela realmente está viva, ela tenta na verdade desafiar o mundo, esta cidade em camadas, que é sem movimento, um cemitério cheio de memórias apenas.

E o que ela persegue incessantemente é o que muitos cientistas perseguem, justificando a semelhança dela com um, um significado, um sentido ou estar em movimento, descobrir algum lugar. Não é primeira vez que temos esta necessidade comunicada por voo, em Kino no tabi fala-se dos pássaros, aqui falamos de aviões.


Por isso ela constrói um e se prepara para voar, a surpresa vem com a falha, existe todo um preparo e dedicação para o momento que culmina na hora certa, pouco antes do fim. A cena da Ishii caindo tem duas reações bem distintas a primeira da Chito é de total desespero (sem esperança) e ela se esconde se contrapondo a Yuuri que tem esperança (despreocupada) e continua vendo.

Quem está certa? A Yuuri, qual é a resposta mais normal? A da Chito por quê? As pessoas são muito preocupadas com o agora, veja a Ishii nem pensava no que fazer quando chegar lá, ela realmente queria chegar lá? A resposta provavelmente é não, está busca toda é uma forma de aceitação do inevitável, é uma luta sem fim e a maioria das pessoas trava ela pensando que a solução está lá. Sendo que a reposta é bem mais simples.


Semelhante a do Kanazawa, Ishii descobre novamente a falta da necessidade da busca pelo significado visto a sua ausência e a transitoriedade das coisas, isto é, ela poderia estar fazendo qualquer coisa, os motivos seriam os mesmos. O drama surge disto porque a situação vivida não é boa, existe uma leve melancolia sobre vários elementos, veja a importância e alegria da Ishii em ver duas garotas.

Ela praticamente se exclui da cena, se desconecta do mundo, isto serve para ajudar na cena final, mas piorou bastante o nosso aproveitamento e fazendo ela ser uma personagem passageira e exemplo apenas, e apesar deste modelo lembrar o do kanazawa tivemos o padrão passado.


Elas chegam num lugar, elas descobrem algo e um clímax surge de uma situação inesperada, o grande destaque deste modelo é que ele preparou nos primeiros episódios os telespectadores para o ritmo mais lento que estamos enfrentado, seria difícil capturar várias pessoas com estes últimos episódios. Você na verdade está acostumado e nem percebe.

Já o humor apareceu em momentos bem aleatórios e cumpriu o papel de aliviar, particularmente elas se apresentado falando “juntas somos…” é referência para muita coisa e tira risadas. Em geral a produção esteve no mesmo nível de sempre, não é superior ao último episódio em música, mas ainda é bom.

Extras:

Um dos conceitos abordados em vários episódios aqui é mono no aware que é na verdade refletido na sentimentalidade triste sobre as passagens das coisas na vida, ou “empatia pelas coisas (vivas ou não)”, curiosamente o único anime que aplica também este conceito é Yokohama Kaidashi Kikou.

Episódio 6 terminou de adaptar o volume 2 do mangá, no próximo entramos no volume 3, sendo ao todo 5 volumes, portanto segunda temporada tem que esperar ainda pelo mangá.

Arte inesperada:


Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★ (++)