Shoujo Shuumatsu Ryokou #1 e #2 | Análise semanal


É com grande alegria que começo minhas análises sobre este belo Slife of Life e como fã incondicional do gênero não poderia ser melhor ao meu gosto. Shoujo Shuumatsu Ryokou ou Girls’ Last Tour trouxe mais um grande episódio com fluxo de informações suave e algumas vezes triste, não sabemos ainda muito sobre elas e estamos descobrindo este novo mundo, que por coincidência é dividido em camadas.


Sendo ou não ao acaso as semelhanças deste anime com Made in Abyss, sua produção esteve acima da média e sua forma de explicação que está em fluxo constante desde o início não incomoda devido ao ritmo devagar, belos cenários e músicas que deixam a gente absorver tudo sem problemas, está estratégia deve ser mais que abusada aqui, pois o seu público alvo é acostumado e gosta dela.

Mas pessoas de fora provavelmente sentiram sonho ou vão dormir, isto não é um defeito é consequência de você ver o Slice of Life em foco e não gostar. Outro fator importante é o tamanho do elenco, é ousado se propor a ter duas garotas apenas, elas podem te enjoar facilmente, por isso se faz necessário um terceiro personagem que deve tentar ao máximo ser interessante, ele necessariamente não precisa ser humano, ele é o cenário e mistérios desta história.


A importância da história faz com que não seja necessariamente restrito ao cotidiano, com ela pode se abordar diversos temas e alguns bem delicados, igual ao visto no primeiro episódio, com elas brigando por uma ração e descobrindo o porquê das guerras, ou quando falavam sobre os livros e memórias, sendo que todos estes assuntos surgem naturalmente delas porque estamos diante de duas garotas criadas em meio a pobreza e falta de ensino.

Sim, é triste ver, a Yuuri não sabe ler e nem tem conhecimentos básicos sobre os animais e a mais esperta a Chito somente sabe ler um pouco (lembrando da dificuldade do Japonês), por isso nem ela consegue ler placas e outros caracteres avançados (Kanji), elas também só suspeitam sobre algumas tecnologias perdidas, aviões e construções, tudo isto deixa algumas cenas simples como da Yuuri desenhando com grande valor emocional e servem de contraste aos poucos momentos felizes.

Além de servirem ao emocional é destes pequenos detalhes donde surge as teorias de que exista mais pessoas vivendo em lugares ou níveis mais altos, mais quentes e com mais o quê? Estes mistérios lembram muito a forma de Made in Abyss fazer e explorar o desconhecido, as viagens são solitárias, elas pegam qualquer comida, o ambiente tem dicas do que ele pode ser (pilares, tubos, água quente) mas elas não conseguem interpretar.

Por isso falta e seria muito esclarecedor se elas encontrassem mais alguém durante este passeio, falta também saber aonde estão indo e os motivos, por enquanto aproveitamos o cotidiano delas cheio de humor bonitinho passeando pelo desconhecido e gélido cemitério de guerra antigo. Esse ambiente todo deixa um ar tão calmo à série, os detalhes entretêm é a coleção perfeita para competir pelo lugar de Made in Abyss nesta temporada.

Por fim deixo um alerta, alguns podem estar pensando “Este anime só mostra as garotas passeando” ou “A este design é muito bonitinho então é anime bonitinho” grande engano, não deixe baixar a sua guarda e saiba estamos diante de uma obra da qual valoriza a sua história e se propõem a ser mais do que só cotidiano.

Extra:


O livro Kappa queimado existe e fala sobre a corrupção da sociedade japonesa: Wikipedia


Também existe um spin-off:


Montagem dos cenários, mais imagens:

Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★ (++)