Made in Abyss #4 | Análise Semanal


Ganhamos profundidade, fomos levados a segunda camada em menos de um episódio, se pensarmos fisicamente avançamos mais agora do que em três episódios, começamos a entender as regras deste abismo para os humanos e monstros, e percebemos os perigos existentes, ou seja, entramos de fato na história.

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E a produção não poderia deixar de valorizar o novo ambiente, por isso ela se utiliza de vários ângulos de “filmagem” na tentativa de mostrar o quão belo e diferente é o abismo e em contra partida cria com a trilha sonora e situações de risco o perigo iminente seja ele monstro ou humano. Digo humano, pois basta pensar no processo de fiscalização das leias e entender “sem fiscais elas não serão cumpridas”, isto é o mesmo que falar “dentro do abismo não existe leis” é exatamente esta expectativa sobre a nova personagem a Ouzen, possivelmente apresentada na abertura (se você não pular) e explanada pelo Apito Preto.

Garota(o) da direita com apito branco

Isto ainda é o menor dos perigos e combinar eles com a vontade de explorar produzem um sentimento desafiador de querer o desconhecido e aceitar os riscos, mesmo para quem vê sentimos o quão hostil é o ambiente para a nossa dupla bastante corajosa e altura do desafio, capaz até de superar o teste do Líder? No momento aonde a Riku entende o teste criado pelo Líder somado a reflexão do Reg entramos na dúvida se o Líder acreditava nela e precisava testar a habilidade dela, ou se na verdade ele pensa em acompanhar ela, afinal não seria impossível ir na segunda camada o difícil é voltar, sabendo disso a primeira camada é o teste e também o ponto sem volta até para a equipe de resgate do orfanato.

A segunda dúvida é se tudo caminhará como a Riku e Reg pensam sabendo que o verdadeiro teste ainda nem começou, ele provavelmente será visto na cidade e na floresta da tentação. Nos levando ao um ponto peculiar de Made in Abyss, ele faz autorreflexão para nós guiar nos pensamentos e não deixar o telespectador desviar muito do sentido real, sem contudo entregar a resposta, isto é, ele prevê como pensamos sobre determinados fatos e levanta as perguntas corretas.


Uma delas provavelmente é sobre a forma da Riku pensar e ver o abismo, ela muito certamente está errada e sem experiência, pois talvez existe algo tão ruim ao ponto de ninguém falar isto com crianças dando a ela a impressão errônea sobre as coisas, não somente a Riku sobre este fato, mas muitos estão reconhecendo a mudança de ritmo como algo ruim.

É admissível dizer no início o andamento era outro, muitas informações e várias novidades era igual a um filme, porém este “Filme” não é corrido e nem Slice of Life, a surpresa está no seu foco, por isso descemos muito, não ficamos focando em coisas desnecessárias e damos o tempo correto para que certas cenas com drama ou tensão sejam valorizadas. Uns dos focos é no clima do anime, seus mistérios e detalhes, sendo introduzido de forma visual e auditiva, e assim não se pode acelerar, quanto mais visual um anime mais predisposição a ser lento e de modo contrário quanto mais rápido um anime mais predisposição a diálogo ele terá, é uma balança.


Pedir ao anime maior velocidade tira a possibilidade da valorização do momento por meios do cenário e trilha sonora e pode causar problemas na construção do universo, então o correto seria avaliar a quantidade de informação que estamos recebendo e sua importância ou calcular o equilíbrio citado, sendo assim o anime ainda não se caracteriza como lento ele está mostrando muito do seu universo, e a única tristeza realmente é em saber dos 12 episódios e final aberto.

Extra:

Hoje o extra é para averiguar a qualidade da tradução, o que nos leva ao nome “floresta da tentação” ou em japonês 「誘りの森」.

O segundo ideograma ou Kanji o significa “floresta”, o é neste caso o nosso “da”, mas o primeiro kanji o que deveria significar “tentação” tem uma pequena diferença do nosso termo em português e do termo em inglês temptation. O  é da gramatica não vem ao caso.

Então o é tentação? Sim, mas vem de algo que engana.

É a diferença da tentação que um sorvete causa em você da tentação que uma miragem causa, no caso você consegue comer o sorvete, mas a miragem nunca existe e te convida à algo, ou seja, uma tradução melhor seria a “Floresta da Enganação”.

Fonte e para saber mais, site em inglês.

Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★ (+++)