Novos Mangás da Shounen Jump 2017 – Parte 2 | Primeiras Impressões

A querida e odiada Weekly Shounen Jump começou a lançar novos mangás neste início de 2017, com um lançamento por semana em períodos regulares. Sem criar muita expectativa e nem realmente recomendar nada com muita animação, decidi escrever esse post analisando as últimas três estreias publicadas, considerando apenas o capítulo um de cada.

O post provavelmente terá uma nova parte, porque ainda há algumas estreias agendadas. Por enquanto vou comentar apenas as três estreias que lançaram até o dia da criação dessa postagem.


Harapeko no Marie  

Sobre: Bijogi Taiga é um garoto que vive num templo taoista e é apaixonado por Sagimiya Anna, sua vizinha que mora numa igreja. Um dia, Taiga a encontra realizando um treinamento para um ritual de invocação muito estranho e na tentativa de se aproximar dela, aceita fazer parte do ritual. Mal sabia ele que seria usado como sacrífico para invocar Maria Teresa Carlota de França, a antiga rainha francesa.


O autor de Beelzebub trouxe uma comédia bem fora do comum dessa vez para a Jump, com seus traços muito estilosos que fazem o mangá assemelhar-se a Shounens dos anos 90 por alguns momentos. Começando pelo fim, vou ser direto em dizer que o anime vai se tratar de Gender Bender, o protagonista de uma maneira bem cômica acaba entrando no corpo da tal francesa que desejam ressuscitar, e o romance dele com a garota que gosta vai começar a florar daí, não se enganem que não é yuri. Não dá para saber o certo qual será o rumo, se vão tentar voltá-lo ao normal ou vão agir normalmente a partir disso, mas o garoto ainda vai tentar um romance com a Sagimiya.

Voltando um pouco, já que estava falando acima sobre o fim do capítulo, a história gira em torno da comédia do protagonista e sua família morando num templo sendo rivais da igreja cujo a filha do homem responsável é a paixão dele. O humor é bem funcional e também ajuda a lembrar comédias antigas, vieram em mente algumas lembranças bem frescas de obras como GTO enquanto eu lia, o humor satírico pode funcionar para quem gosta desse estilo, é inevitável dizer novamente que tem uma pegada um pouco mais antiga.

Outro ponto legal é que os personagens, assim como o narrador, quebram a quarta parede debochando do próprio mangá, sem exagerar a ponto de soar forçado, também fazem referências a outras histórias com algum tipo de deboche incluso. Particularmente fiquei curioso para saber como essa história vai andar, pois o estilo de comédia me caiu bem como entretenimento, recomendo que quem tenha ficado curioso também dê uma olhada. Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★ (++)

Dr. Stone

Sobre: Durante 5 anos, Taiju Ooki tentou se confessar para o amor de sua vida, Yuzuriha, mas nunca conseguiu. Um dia ele reune toda sua coragem para dizer a ela tudo o que sente, mas exatamente nesse momento uma catástrofe de proporções globais extingue toda a humanidade transformando todos em pedra. Passam-se milênios de anos e como únicos sobreviventes até então, cabe a Taiju e seu brilhante amigo, o cientista Senkuu, fazerem a humanidade sair da Idade da Pedra, voltar a Era Moderna e salvar Yuzuriha.

Essa estreia chama muito atenção pelo que ela pretende fazer, é uma premissa super curiosa. Esse capítulo inicial faz um introdução básica dos protagonistas: Um cientista que só sabe falar em lógica e seu colega grandalhão que tem uma paixão. Boa parte das páginas acabam apenas mostrando sobre a petrificação do mundo e seus desdobramentos físicos, o roteiro não explicou direito como raio esses dois foram os únicos que conseguiram se manter conscientes por mais de três mil anos até finalmente racharem para sair dessa casca de pedra. 

Sobre o garoto cientista é dito que ele ficou pensando em números o tempo todo fazendo seu cérebro trabalhar e não se desligar, o que seria uma explicação plausível para um certo tempo, mas não para milênios de anos. O outro resistiu pela força de vontade, o que também não convence nada; Provavelmente outros começaram a voltar a vida também, mesmo que inexplicavelmente apenas por um período de tempo regular em que ficaram petrificados. Os dois garotos pretendem trazer a humanidade moderna novamente desde o 0, e isso envolverá muita ciência que provavelmente sofrerá de questionamentos quanto a veracidade e quais bases científicas realmente batem. Ainda assim, uma estreia que chama atenção e que vale a pena olhar por curiosidade para saber qual rumo será tomado, e se terá mais ciência pé no chão. Acredito que ou esse mangá vai se dar bem ou será um desastre. Avaliação: ★ ★   ★ ★ (+++)

Robot x Laserbeam

Sobre: Conheça “Roboto”, um garoto do colegial que é restrito e metódico, que fazendo jus ao seu apelido age feito um robô. Mesmo descobrindo golfe pela primeira vez, suas atitudes extremamente precisas podem fazer dele um gênio no esporte.


Uma das estreias mais hypadas, ainda mais por aqueles que gostam de Kuroko no Basket. A estreia foi boa e razoavelmente satisfatória em explicar sobre o protagonista, super semelhante com um certo outro de um mangá de pig pong, que é visto literalmente como um robô (isso funciona melhor quando seu nome é Roboto) – que se baseia apenas em lógica e simetria. De início, não aparenta existir super poderes nem habilidades mirabolantes na obra, se bem que foi assim de início também com KNB, o que temos aqui na verdade, é um protagonista extremamente calculista que consegue fazer milagre no esporte, que outros com anos de experiência não conseguem fazer tão certeiramente em lances seguidos.

Vale a pena dar uma olhada pela boa arte e por não ser um esporte muito convencional, o capitulo um faz bem sua premissa mas seu decorrer pode ou não servir para os fãs de histórias reais de esporte, isso na verdade depende de como serão os próximos capítulos. Avaliação: ★ ★ ★ ★ ★ (++)

 
O que acharam das estreias, pretendem acompanhar? E estão esperando alguma outra?
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