The Promised Neverland – Thiller Sobre Crianças em Um Orfanato | Impressões

Esse mangá é uma das novas apostas da Shounen Jump para este ano, e pelo seu plot bem diferente e interessante eu acabei acidentalmente pegando para ler, então vou comentar e recomendar, baseando-me apenas nos primeiros capítulos.

The Promised Neverland é sobre várias crianças que moram em um grande orfanato, protegido por grandes muros mas que ainda assim disponibiliza um enorme quintal e até mesmo floresta para as crianças brincarem. Todos os menores são felizes ali, amam a mulher que cuida deles, “mama”, e se consideram uma verdadeira família. Porém mal sabem o que acontece de verdade por trás de tudo isso, e como é o mundo exterior.


A obra é bem atípica da editora, pois recorre muito mais a elementos dark escondido por uma impressão inicial inocente. Acompanhamos a protagonista Emma juntamente de seus amigos Ray e Norman, e um ponto rapidamente notável é que os três são extremamente inteligentes e intelectualmente desenvolvidos, cada um portando de sua própria característica; Vale citar que todas crianças ali têm no máximo até 12 anos. O primeiro ponto à desconfiança do que se passa na obra, é o fato de nesse orfanato tudo ser extramente regulado, as crianças não podem chegar perto das muros (extremidades do local) e até mesmo são colocadas sobre provas avançadas de mais para suas idades.

O interessante do mundo em questão é que eles não fazem ideia de como é o exterior, apenas possuem algum tipo de breve noção pela leitura de livros disponíveis na biblioteca do local. As crianças não sabem qual o ano atual, não têm acesso a tecnologia e muito menos a outros adultos que não sejam a Mama. E é por esse tal motivo que os personagens centrais levador pela sua grande curiosidade pelo desconhecido, acabam descobrindo o verdadeiro esquema por trás de tudo.

O capítulo de estreia esconde muito bem na maior parte de suas páginas o clima dark que a história carrega, e seu final consegue impactar com grande discrepância quando Emma e Normal vão espiar Mama levando uma das crianças para o portão por ter “uma família a esperando”. O orfanato nada mais é, do que um cativeiro de crianças que possui algum tipo de negócio com demônios canibais que as compram para devorá-las. A história finalmente toma rumo quando Emma e Norman, escondidos, descobrem a verdade e começam a pensar em um jeito de escapar com todas crianças desta grande fazenda de pequenos humanos.

É muito interessante o ponto que a narrativa levanta mostrando os personagens centrais tão inteligentes e maduros para crianças de no máximo 12 anos, que conseguem distinguir e chegar a várias conclusões examinando cada ponto que presenciaram ou descobriram. O mundo aparenta ser bem explorado, eles começam a buscar um consenso para se ainda existem humanos no lado exterior, pois se existe “demanda” de demônios que comem humanos, devem haver muitos a solta. Uma explicação bem criativa para a grande educação das crianças nada mais é que seus cérebros são uma das partes mais saboreadas pelos demônios, então quanto mais desenvolvido, melhor é o “produto”; Então assim eles classificam os menores.

Para um mangá de revista para o público infanto-juvenil shounen, The Promised Neverland rompe totalmente com tais conceitos estereotipados que outras obras da mesma revista apresentam. Não possui super-poderes (até agora, mas não acredito que haverão), nenhum tipo de fanservice, e sim uma história de suspense psicológico embasado totalmente no desenvolvimento dos personagens e a vontade de sair vivo daquele local. Os primeiros capítulos sem dúvida nenhuma conseguiram causar impacto pelo seu grande contraste, mas eu ainda tenho minhas dúvidas se isso dará certo nesta revista, levando em consideração que os japoneses podem não gostar desta brusca mudança.

De qualquer forma, eu recomendo a todos darem uma olhada neste mangá. Não parece que você está lendo a Shounen Jump, e sim uma obra de mistério que por fatores já apresentados e alguns outros conseguem prender atenção para o que deve acontecer com aquelas crianças.