Os vários personagens presentes mostram diferentes crises e terapias aos sonhos, e é com estes que o show vai se executa e explora-se, com grandes invasões e posse de controle do mundo de seus sonhos. Uma fuga imensa do universo real para o inabitável ambiente que se mostra fantástico e mais quimérico o possível, cheio das criaturas e bizarrices mais alucinóticas. Na cena em que vários seres, entidades e objetos desfilam sobre portais xintoístas podemos ver a lambança espiritual e interpretativa que ocorre por meio do consciente de vários pessoas da sociedade, não só dos personagens que circulam a história. Fazer com que toda a sociedade viva no mundo manipulado dos sonhos, em que todas perdem a noção do substancial e ficam bobas e alegres eternamente, é o objetivo dos desconhecidos terroristas que estão misturando os sonhos de toda população, em uma deserção da sociedade.
Este mundo fantástico em que tudo é possível é tão explorado no mundo dos sonhos que faz referências a várias animações conhecidas, como Dragon Ball. E a ligação entre esses pontos se faz presente no levantamento que se têm dos japoneses que usam animes, mangá e toda essa cultura para ter um escape do mundo real, viver apenas dentro do seu próprio imaginário em que seus gostos tomam forma e tudo é certamente mais colorido. Um dos personagens mais caricatos que encaixam com esse ponto-chave é Tokita, o homem de extrema obesidade mórbida que criou o DC-Mini. Retratado como extremamente inteligente na obra ao ponto de soar como um dom, é um anti-social ativo que age de maneira totalmente infantil em contra partida, e acabou tendo a ideia de criar o equipamento graças a uma conversa boba que teve com um amigo, na qual disse que gostaria de compartilhar seus sonhos com ele. A subjetividade do anime passa que todo aquele mundo de sonhos infantis é de Tokita, e Paprika nada mais é do que a singularidade que ele queria ser na vida real mas não consegue. O contraste entre ele e Chiba fica claro e objetivo já que em alguns pontos os dois são opostos de uma mesma moeda, em que o diretor faz mostrar como Tokita queria realmente ser.
Por fim, a mescla sensacional de um CGI de 2006 com animação 2D que mal é percebida diante de quem assiste merece muitos méritos, a produção deste filme pela Madhouse com certeza não foi pouca coisa; É merecedor de todos prêmios de críticos que já recebeu.