Análise Semanal: Shuumatsu no Izetta #10

 Um episódio mais conceitual, ilustrando bem os impactos da guerra e apresentando informações do futuro clímax! 

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O inicio do episódio foi uma continuação direta de onde o ultimo parou, além de mostrar o resgate da Izetta. O objetivo desse inicio mais agitado foi apresentar ao espectador todas as consequências da batalha retratada no episódio anterior, seguindo duas premissas. A primeira, era contextualizar o espectador as ações de alguns personagens e o papel que eles tiveram naquela batalha, como por exemplo, o resgate da Izetta. A segunda, era apresentar toda a ideia de causa e consequência que envolve uma guerra com aquela escala, não só a destruição dos locais,brutalidade envolvida e o impacto reflexivo da situação. Além disso, o impacto midiático, territorial e diplomático que envolve a conquista é muito bem retratado, a construção desses pontos é retratada de diferentes formas, seja por diálogos entre os personagens, as cenas que são apresentadas, conflitos de personagens, etc.

Dentro das consequências mais importantes que foram retratadas nesse episódio, nos temos a nova realidade em que os sobreviventes do Ducado de Eylstadt foram colocados. Apesar de animes tentar passar a ideia de que a situação é critica e utilizar vários elementos para ressaltar essa situação, a construção facial dos personagens, a ambientação, trilha sonora e principalmente os diálogos não trazem a sensação de urgência e não conseguem dramatizar aquilo de forma condizente. Um exemplo disso é a mentalidade da izetta quando ela acorda, ela não demonstra um sentimento de pesar por aqueles que morreram ou pela situação que o país ficou. Poderiam até usar elementos como a Izetta tentando imaginar o que aconteceu com as pessoas que um dia ela jurou proteger ou uma reflexão em cima da promessa que a Finé fez a ela. O ponto é que deveria ter algo que criasse um ambiente mais pesado e condizente com a situação(essa critica também é embasada na facilidade na qual a Izetta afasta a sua preocupação com as consequências da guerra e alterna seu foco para o motivo da sua derrota). 


Ampliando essa premissa, a obra é muito limitada na questão de elementos visuais, tem diversos ganchos onde ela poderia fazer uso deles e obra se mantem no básico, isso pode ser devido ao orçamento limitado ou a direção do anime não quer fazer uso, o fato é que isso deixa a obra um tanto apagada e não tem aquele algo a mais na construção das cenas e reflexões. O que é realmente muito estranho é que se pautarmos os momentos de ação,o recurso se faz presente e consegue dar aquele algo a mais as cenas, mas nas cenas dramáticas ele se mantem no básico, um excelente exemplo de como desenvolver uma cena dramática sem usar esses recursos visuais intensos é a cena final do episódio 8, onde a construção de cena, os diálogos e a trilha sonora conseguem passar uma carga para o espectador sem o uso de elementos visuais como o flashback e slow motion, por exemplo.



Um dos pontos altos foi a relação criada entre a Sophia e a pedra mágica, apresentando parte da história que envolvia a pedra e o conto de fadas, usando o ataque da mesma a Britannia para ilustrar bem o poder descomunal que essa pedra tem e os seus efeitos colateral. O interessante dessa fato é a forma como esse poder molda todo o Império Germânico, o anime sabe dar algumas dicas de forma subjetiva por meio dos diálogos dos personagens e essas dicas buscam dar ao espectador uma base maior de como está a situação dentro daquele lado da guerra. O ataque veio a gerar uma situação complicada, agora com o imperador da Germânia tendo controle completo sobre a bruxa e as armas produzidas para ela, e isso aliado as exigências feitas por ele, criam uma situação muito complicada, que vai levar a Izetta a usar a pedra mágica e arcar com as suas consequências.

Extras:

Outra alusão histórica que vale a pena ser notada, o uso de campos de concentração era uma marca registrada dos nazistas, a questão é se esse recurso vai ser usado em algum momento. 


Como citado nos Extras da análise anterior, era muito provável que o Império Germânico também fizesse uso dos meios midiáticos e a obra ressaltou muito bem isso.


Um elemento que foi citado de forma subjetiva durante o flashback da Izetta e o passado da bruxa branca foi a inquisição, nesse episódio ele foi citado de forma direta e pode render bons diálogos entre as duas bruxas.


Além do nome que foi dado aos cristais que a Shopia consegue materializar, ainda descobrimos que já foi preparado diversos clones para ela, no entanto, a identidade dela não seria mantida durante esse processo. 


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