Análise Semanal: Shuumatsu no Izetta #05

E vamos para o melhor episódio do anime até agora.

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No começo do episódio nós temos a coroação da Finé como uma Arquiduquesa, com uma  cerimonia e a apresentação da Izetta. Dentro dessa cena temos muitos pontos positivos. Um deles é a forma que a cerimonia foi apresentada, todo o requinte de nobreza digno de uma monarquia, as falas durante o acontecimento, a ambientação do local, a posição das pessoas em relação a Finé e a Izetta. De um âmbito geral a construção de cena foi excelente, mesmo que a premissa de que tudo que os personagens estavam fazendo já tinha sido coreografado antes. Até a animação estava coesa e bem feita. Eu não poderia deixar de pautar a trilha sonora da cena, toda a construção dos diálogos em meio a linda musica de fundo, foi muito bem feito.


O ponto principal do episódio foi a relação de causa e consequência em torno da ação Finé, a forma que isso repercutiu no resto do mundo e a maneira que eles encontraram para perpetuar isso mais intensamente. Toda essa construção foi sensacional e muito coesa, o interessante foi a forma que isso foi apresentado visualmente, os elementos que traziam muito da época abordada, com o “filme” e os jornais sendo evidenciados como a mídia da época. Mostrando bem a ideia de deturpação da informação e controle ideológico vindo desses jornais, o sensacionalismo propriamente dito.


Tivemos um maior aprofundamento no Berkman, mostrando o outro lado da guerra, um recurso de roteiro muito usado em obra que trabalham com táticas de guerra, é colocar um personagem inteligente em ambos os lados. Izetta também faz isso, a forma que ele foi apresentado e seu tempo de tela foi muito bem utilizado, com diálogos e atitudes significativas, servindo para mostrar a diferença ideológica de ambos os lados(um mais egocêntrico e individualista, e o outro mais solidário e humanitário). Além de evidenciar que o personagem vai ter um impacto futuro na obra.

A invasão do  Império Germânico foi o momento de exploração de táticas em meio a guerra, toda a ideia de a bruxa resolve tudo e a mesmice de repetição da mesma situação foi quebrada. A forma que esse ponto fraco foi explorado e a construção que pode ser feita com isso foi coerente e boa, a estrategia adotada não foi nada tão mirabolante e passou uma sensação de verossimilhança com a realidade por essa “simplicidade”. A cena por si só foi sensacional, todos os aparatos técnico estavam bem alinhados, com uma sonoplastia bem encaixada e agregando a construção de cena, as falas passando um “ar” mais épico a cena(ainda mais após a atitude da Izetta de encarar a situação).


E por fim, a situação que foi criada no fim do episódio. Pelo visto vão usar o Jonas como bode expiatório, já que o espião tem certa intimidade com ele. Falando da cena por si só, achei um pouco forçado, se considerar o local e o teor do dialogo dos dois. Relevando esse ponto, a cena trouxe uma maior importância a esse personagem e a forma que ele vai lidar com essa informação é ponto principal, se seguirem o clichê vai ser como eu falei.

Extras


As propagandas do Império Germânico no meio do episodio foram muito bem encaixadas como referência.


Durante o ataque ao Império Germânico feito pela Izetta temos um Avião só de repórteres,isso foi muito interessante de ser anexado, devido as limitações de tecnologia da época e a ideia de ter pessoas testemunhando isso foi uma boa sacada. O problema seria se eles fossem derrubados e mortos, ou seja, era uma faca de dois gumes.


A forma que a mentalidade do Blaster foi trabalhada, foi muito coerente com o que ele viveu, essa maturidade em lidar com a situação do personagem foi muito bem feito.


Estou com medo do próximo episodio devido ao nome dele e a forma em que ele foi apresentado nos pós-créditos.


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