Análise Semanal: Battery #01 e #02


Essa é a primeira análise semanal de animes de temporada do blog, que deve aumentar logo logo.

Se engana quem achou que Battery seria um anime sobre beisebol, não é. De fato o esporte tem um grande espaço na trama, mas o foco será o drama e desenvolvimento na personalidade dura e egocêntrica do protagonista e em relações humanas, podemos dizer.

 Em seu episódio de estréia Takumi mostra o quão grosseiro é. Julga seu novo amigo receptor por ser rico, age jogando arremessos fracos para o mesmo pegar e demonstra nem mesmo bom comportamento com a família. Difícil pegar empatia por um personagem desses.

Mas esse seu novo amigo, Nakagura, será quem vai mudar o protagonista. Ele percebeu as bolas fracas jogadas por Harada – como dito acima -, mas insistiu que jogasse de verdade, com sua verdadeira força e não subestimando-o achando que o mesmo não é capaz de pegar seus arremessos.

É ai que vemos a sincronia existente entre os dois já que Takumi não desistiu de arremessar fortemente até Go conseguir pegar, e conseguiu.

No segundo episódio as coisas esquentam. Um ponto negativo para Go é sua mãe que quer o menino estudando para garantir um futuro e não jogando beisebol, o que leva a senhora a pedir para Takumi impedi-lo de jogar. Péssima escolha. O mais estranho de tudo isso é que ambos personagens tem apenas 12 anos e já se comportam de tal forma e enfrentam tais coisas…

“Senhora, beisebol não é algo que se permite fazer, é algo que você simplesmente faz”.


 Outro ponto muito importante da história que se estabelece ainda mais neste segundo capítulo é a relação do protagonista com seu irmão, Seiha. Ele quer jogar beisebol, seus olhos brilham quando veem Nakagura e Harada jogarem e até mesmo seu avô já disse que quem tem esse tipo de olhar consegue ir longe, porém o protagonista nega qualquer relação do menino com o esporte porquê aparentemente ele tem uma saúde frágil para tal coisa. Talvez uma doença?

O problema é o modo em que Harada trata seu irmão. Age de maneira tão estúpida e egoísta que torna-se difícil acreditar que ele está fazendo isso por se importar com o garoto. Sua atitude é tão ignorante neste episódio que isso também o afeta e ele mesmo percebe o que fez.

A direção do anime que veio dramatizando tudo nesse episódio foi tão nessa cena que fez passar a sensação que algo muito ruim tinha acontecido com Seiha
Ele fica tão preocupado com o “sumiço” de seu irmão que estava procurando pela bolinha que ele arremessou longe, que isso acaba humanizando-o um pouco (pouco mesmo), mostrando como ele de fato se preocupa com seu irmão e como não quer perde-lo, embora seu ego seja muito maior e fale mais alto. 



Ele escorrega e protege seu braço direito – o braço de arremesso – ao invés do resto do seu corpo ao cair no lago. 12 anos não é uma idade para tratar o seu braço como se fosse um ganso de ouro, que é a coisa mais importante na sua vida inteira. Isso mostra como de fato ele leva o beisebol a sério como sendo seu futuro.

Como tipicamente de seu temperamento, não é demonstrado nenhum tipo de empatia pelo irmão e ainda é dito que não estava preocupado, mas quando Seiha diz que esteve ali o tempo todo por saber que ele viria, suas lágrimas – honestas – mostram sim a sua preocupação com relação a fragilidade de seu irmãozinho e assim encerra-se este segundo capítulo.

Avaliação Ep1 – 3.5/5
Avaliação Ep2 2 – 3/5

Após os créditos é mostrado a cena da manhã seguinte com a mãe de Harada falando que ele tomou soro e até veio um médico na noite passada, o que será que aconteceu? Ficou desidratado por uma queda no rio?